Caros amigos e amigas, a última
vez em que estive aqui, com meus escritos foi em junho, no auge das manifestações
que aconteciam rotineiramente pelas ruas de São Paulo. Recordo que no artigo
que escrevi sobre este fato fiz alguns questionamentos, tipo “movimento é este?”
“Quem está por trás dele?” ‘Com qual objetivo?”“ Para quê?”“ Se cobrem o rosto
como saberemos se são pessoas sérias?”porém sem deixar de apoiar a ação dos estudantes,
dizendo inclusive que “é importante que você se manifeste mostre o que, em sua
opinião está errado ou é injusto, o que não se deve é cercear a liberdade de
outros por causa da sua bandeira”. Os jovens tem sido um dos baluartes de luta
contra as injustiças em nosso país, por isso é importantes também rever a forma
como as coisas estão sendo encaminhadas. O diálogo é uma característica bacana
nos jovens, mas não é o que estamos vendo. Nós queremos continuar acreditando e
admirando a juventude que não se cala diante das mentiras, atos arbitrários e mentiras
de alguns políticos, e por isso sai às ruas defendendo seus sonhos e direitos. Use
um direito conquistado a favor da população e não contra ela. Por isso,
manifestação sim, vandalismo não”. Este ponto de vista fez muitas pessoas do
meu circulo de amizade se contrapor à minha pessoa, inclusive, insinuando que
eu estava sendo reacionária. Pois bem, agora surge um dado que me deixa numa
situação confortável, mas não convencida, porque surgiu uma explicação para
tudo que vimos e continuamos vendo pela janela de casa e na TV. O quebra-quebra
e o enfretamento com a polícia feito por grupo mascarados e vestidos com roupas
pretas são chamados de Black Bloc, é o
nome dado a uma estratégia de manifestação
e protesto anarquista,
na qual grupos de afinidade1
mascarados e vestidos de negro se reúnem com objetivo de protestar em
manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas, conferências de
representacionistas entre outras ocasiões, utilizando a propaganda pela ação para questionar o sistema
vigente. Black blocs se diferenciam de outros grupos anti-capitalistas por
rotineiramente se utilizarem da destruição da propriedade para trazer atenção
para sua oposição contra corporações multinacionais e aos apoios e às vantagens
recebidas dos governos ocidentais por essas companhias, segundo a wikipédia. Este
movimento surgiu na década de 80 nos países desenvolvidos,
reapareceu nos anos 90, e hoje, começa a se apresentar no Brasil. Me surpreende
este movimento aparecer só agora, pois quando a desigualdade econômica no em
nosso país era uma das maiores do mundo, se não a maior, não havia reclamações.
Daí me pergunto, e pergunto a você caro leitor, isto está acontecendo agora porque
a classe média emergente tomou consciência de seus direitos e decidiu sair às
ruas contra o capitalimo que sempre lhe explorou ou porque a parcela de nossa
sociedade que se acha prejudicada pelas ações afirmativas de valorização e divisão
mais igualitária do bem público, está incomodando este que despertaram o
blackblocismo dos antigos países ricos? Fica a pergunta para reflexão. Na
próxima semana volta a tratar deste assunto. Grande abraço.
OI Conceição.
ResponderExcluirSenti faltas de suas provocações nas segundas feiras. Não entendi que naquele texto você falava tão somente desses vândalos que quebram tudo. Aliás, falar deles naquela ocasião parecia misturá-los ao demais. Hoje eles estão sozinhos, e é possível separa-los com mais clareza. Pergunta difícil esta sua heim? É tarde, vou dormir e refletirei depois. Quem sabe num chá de carqueja em sua casa? Cheiro