quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

MENSAGEM DE FIM DE ANO E DOS DIAS SEM FIM...

Algumas palavras ficam impregnadas em nossa mente, os pensamentos se norteiam através delas e as atitudes podem ser influenciadas por ela. O que fazer com a palavra CRISE? Prontamente parece nos remeter ao financeiro, afinal 2016 não foi fácil neste campo. 

Há crise que nos amarga, mas há também a que nos potencializa. Talvez, mais que nunca, estamos diante da emergência de uma revolução na forma de amar! Começando pelas relações mais próximas, ali, no seio familiar onde os laços são eternos, mesmo em estado de crise. Não há crise que rasgue e queime a certidão de nascimento familiar! Não há crise que corte os laços fortemente amarrados ao longo da história.

A crise que nos amarga é aquela que nos arranca os SONHOS! Quando os temos. A crise que nos potencializa é aquela que nos arranca do vazio para nos preencher de conflitos e enxergarmos que é preciso sonhar! O que nos potencializa é a FAMÍLIA. Êita palavra antiga! mais velha que a arte de dar nomes às coisas. Quando a crise de sonhos nos afeta é preciso a clareza de se ter uma Família que na sua diversidade também nos põe em crise pra nos potencializar.

“Que a família comece e termine sabendo aonde vai”. Com isso não se exige de nós um alto grau de perfeição humana, um conhecimento absoluto das direções da vida, mas um determinado nível de planejamento de nossos sonhos, ainda que as crises se encarreguem de nos afrontar e construírem rotas diferentes.


A crise que nos potencializa é aquela que nos carrega para um colo cuidadoso, onde nos encontramos, mesmos perdidos. Como numa estrada em que nos descobrimos em direções opostas às que traçamos, mas logo descobrimos que é ali que a novidade acontece! Família é essa direção desencontrada cheia de caminhos por onde trilhar. Não vou me furtar de dizer um grande clichê: “Família é tudo”. É onde os sentimentos mais nobres se alojam, nem sempre expressos da maneira mais livre possível. Mas é onde o sentir é uma vivência das mais verdadeiras.

Família é onde o tempo se finca de maneira mais longínqua, desvelando verdades com medidas equilibradas ou por vezes em estado de desequilíbrio. A vida toda de uma família é palco onde os sentimentos se desnudam e onde os sonhos (quando os temos) se comungam.

Portanto nos cabe cuidar da nobreza de se estar em família! Em seu seio não cabe crises de sentimentos geradores de um estado de graça. Não permitamos brechas para crises de AFETO! Afeto é gesto nobre que não cabe dentro de um divã. Não permitamos brechas para crises de AMOR! Amor é sentimento afetuoso que desabotoa camisas de forças! Não permitamos brechas para crises de ESCUTA! Escuta é gesto amoroso como colo que embala e se deixa molhar pelas lágrimas que do outro se despedem.  

Que as crises de 2016 sejam adubadas com afeto, amor, escuta e sonhos...

E que 2017 seja um tempo de novas sementes dialogando no mais profundo da terra, organizando-se para subirem à superfície e olharem o mundo com olhos iluminados, famintos de esperançar! Sim... de esperançar! Sem medo de aparecer enquanto broto, de crescer e de gerar vidas engravidadas de sonhos... por que precisamos tê-los.

Cheiro de Família, de Afeto, de Amor, de Escuta e de Sonhos gestados.

Gilson Reis
29.12.2016


segunda-feira, 25 de abril de 2016

HOMENAGEM AO AKINS KINTÊ


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Gosto de homenagear os amigos! Estão vivos, podem se deliciar do que falo, com “questionável” modéstia dizerem: Ah! Bobagem, não é nada disso, você é que é uma “gracinha”! Gosto de dizer o que sinto. Sem autenticidades inconvenientes!

Minha mais recente homenagem foi ao Laudecir, ocasião em que me deliciei com o grito de suas veias poéticas! Arranquei delas todas as expressões dedicadas ao querido amigo.  

Hoje eu homenageio este Poeta Negro que, ao recitar, embeleza as palavras cujo tom casa-se com seu sentido, na sua mais perfeita harmonia. O aprecio recitando! O vejo tatuando a paisagem com seus versos! É como se, ao lançar versos para alem de sua boca, construísse uma paisagem à sua frente, para o deleite de quem os ver.

Este é o Akins Kintê.

Obra apreciável da “família” Coletivo Cultural Pegando o Gancho. Família é um sentimento que ele nutre pelo Coletivo, o que lhe torna ainda mais nobre. Quando se adota uma família é por que a liberdade e o afeto foram sentimentos construídos historicamente. Diferente da família onde nos descobrimos parte.
Brilha na sua simplicidade!

Canta ao recitar... recita quando canta. Nele há um misto de alma e corpo, razão e emoção que se embalam na sintonia entre o som que se despede de si para encontrar-se com os amantes e o olhar que agasalha o mesmo brilho simples e que se firma como uma ponte entre os seus olhos e os de quem o aprecia.

Quando cordialmente “cola” no sarau Pegando o Gancho, alforria os corpos mais encouraçados com sua poética erótica! Poe os versos para dançar! Dignos de aplausos! Abraça! A...Fe...tu...o...sa...men...te. Rir! Compartilha lágrimas! Liberta outras!...

Ao querido Akins, a merecida homenagem do Coletivo Cultural Pegando o Gancho

Gilson Reis, Laudecir Silva, Marli Pereira, Luiza Odete e todos os amantes da POESIA.

No mês de aniversario do Coletivo Cultural Pegando o Gancho, continuarei homenageando os amantes da Poesia.

Gilson Reis
04.10.12

25.04.2016
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