quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

VIAGEM III: Personagens de Buenos Aires


Há alguns personagens marcantes no Hostel onde ficamos hospedados. Aliás, não conhecia bem este conceito Hostel, mais conhecido como Alberge da Juventude. Nunca me hospedei num deles. Bem, escolhemos ficar ali por que o Naldo havia falado que o clima é mais descontraido, há possibilidades de interagir com os demais hospedes estrangeiros, de conhecer novidades de outras culturas e, inclusive, de namoricos ocasionais...

No Hostel KM 0, assim se chamava, o Naldo já imaginou estarmos num Big Brother. Havia uma Holandesa chamada Marisca e pelo seu costumeiro mau humor, pelo menos nos 10 dias, Naldo a chamada de Marisca arisca, eu ficada úmido de rir. Hospedada com um macho sul-africano, no quarto acima do nosso, só se escutava os gritos de “Foquiú”! “Foquiú”!! Entendi que se remetia à foda. Se era briga era coisa de inimigos mortais, se era sexo ela tava um túnel!!

Havia um hospede que nós apelidamos de bode, por causa do fucim dele. (Bode ou poico ? kkkk) Era o mais simpático, alem do gerente colombiano de dois metros. Falava, cantava e até dançava brasileiro. Quando aprendeu a palavra cachorra e seu sentido no fank (aulas que o Naldo dava ao mesmo que vibrava com expressões safadas) simplesmente olhou pra mim e disse: Vochê é una cachtorra! EU!!! ?? Achei que ele queria fornicar comigo, “me bulinar” mas a “cabrita” não tava se “impiriquitando” pro "bode" não!! Sorrimos brasileirissimamente!  

Numa bela noite convidamos uma brasileira de Roraima para irmos à uma Boate. Uma bela mulher, magrinha, de cabelos longos e muito pretinho! Esta mulher, após duas doses de um vinho horrivel que era servido como parte do ingresso pago, se insinuou para vários homens que se achegavam a ela com desejo de devorá-las, e eu já tava querendo fazer a linha cafetão!! Ela terminou a noite sem ninguem, acho que por opção. Mas, bom e engraçado, é ver o poder das travestis dentro da Boate América. Lindas, recusavam os inúmeros “bofes” que lhe assediavam a ponto de implorar um beijo!! Atenção travestis brasileiros de prantão! Buenos Aires pode ser uma boa dica heim!


Aaaaah! Como esquecer a Rose com seu Leonardo de Caprio... no Titanic! Uma travesti mais feia que duas vacas lésbicas se beijando passeava de mãos dadas, no vento suave do porto, com seu digníssimo esposo. Ficamos encantados com a liberdade!!  Quando saiamos de Porto, chamado Madero, lá estava a travesti aos beijos, num barco, e toda sociedade argentina, pais, filhos, avós, heteros, metrossexuais apreciando a cena romantica... oooooooooooooooooooooooooooooooooooo riiiiiiiiiiiiii a solidosiiii é ma rooonnn qulo riiii no uoooonnnnnnnnn A la Celine Dion. Sentiu?

Na próxima postagem falarei de comida, ruas e bairros...

Até lá
Gilson Reis
23.02.12

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CARNAVAL NO VALE

Trinta e tantos anos se passaram mas brincar carnaval no Vale do Paraíba continua uma prática da alegria, mais precisamente em Pindamonhangaba e Tremembé onde estive neste final de semana.
Vi pessoas muito à vontade brincando, cantando, pulando.
Vi um pouco das dondocas parando o trânsito para injúria de alguns.
Vi e sai no bloco do Juca Chaves, desculpe, Juca Teles de São Luiz de Paraitinga que muito gentilmente abriu o carnaval em Pindamonhangaba.
Nos dias que fiquei por lá só alegria, desde o bebê no carrinho até a vovó, o vovô brincavam numa leveza que me deixou encantada e era CARNAVAL.
Um carnaval mesclado de marchinhas, fanks, "sertanejo pop". Viva o plural!
Um sol de "rachar mamona", espero que saibam o que é isso, mas se não souberem é o mesmo que assar ovo na calçada, porque fritar não daria tempo.
Ver as montanhas, o verde, a beleza do interior, tudo isso me fez recobrar energia para continuar o dia a dia dessa cidade maluca que é São Paulo.
Espero que as Escolas de Samba por lá continuem na simplicidade do brincar o carnaval, que não cheguem à loucura da competição demoníaca.
Obrigada Marli por ter planejado esta viagem, Gilson por ter embarcado na ideia embora que, pensando bem, acho que é melhor não ir com você no ano que vem, (que você acha Marli?), Carlos e Thamyres por ter oferecido carona.
Só resta dizer: "Foi tudo muito bem, foi tudo muito bom, mas realmente o que eu queria era ter ficado até o fim para ver a Mangueira fechar o Carnaval de Pindamonhangaba minha cidade natal.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Festa no interior!!

Resolvi passar pelas cidades histórias de Minas Gerais com alguns amigos para curtir o carnaval no interior. A magia transforma tudo em felicidade além de contar com a acolhida mineira que é fora do comum, a vontade é de ficar e ir ficando, prolongando o feriado e se dependesse da vontade desse povo isso aconteceria, mas a rotina nos puxa de volta para o cotidiano paulista voltando tudo ao normal. Retornar é preciso!
O carnaval nessas terras ainda conserva o ritmo da atmosfera interiorana. Não há percepção da violência ou de comportamentos maliciosas que nos façam duvidar a da índole das pessoas. Em São João Del Rei, onde passamos esses dias a diversão vem acompanhada de uma dose de ingenuidade que faz a delicia dessa festa maravilhosa onde se misturam crianças, jovens, jovens maduros e velhos.
Fazer parte desse clima nos faz esquecer por alguns momentos o estresse das grandes cidades e do cotidiano do trabalho, às vezes massificador e opressor. Para completar o cenário, ao redor dessa cidade a paisagem rural nos coloca obrigatoriamente num “lugar” relaxante, pois tudo se encontra renovado devido às chuvas de verão.
Assim caro leitores, tive o privilégio desse encontro maravilho: carnaval, cidade histórica, comida mineira e o prazer de estar entre todos eles por aqui.
Bom carnaval a todos.
Reinildo.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

ALLEGRO



A alegria contagia a arte

E de que parte

Emergiu tal sabor?

Carne?

Caça?

Cólera?

Saldo vingador...

Antes que torne em cinza,

Que caia a máscara

E perca a graça

Adereço e esplendor

Do trono escarlate

Flamejando o estandarte

Mascate fingidor

De Colombina e Pierrô

Funde-se mulata e asfalto

Estridente ou melódico

Agogô, tambor e contralto.

Do alto alegórico

Do ego roubado

Tombado e marcado

Por mágoas de amor...


18/02/2012 – 23:10
Chiquinho Silva