quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ESPELHO.

Após uma profunda experiência com o espelho, uma amiga minha se inspirou e gestou este belo poema...

Espelho



O rosto perdeu o vigor de menina...
ganhou uma certa seriedade...
como também melancolia
saudade do que se viveu de bom,
mas também das vezes que foi a dor que ensinou,
ajudando a crescer para ser.

Os olhos que já viram tanto,
desejam ainda ver muito mais.
A boca que beijou tão pouco,
deseja agora beijar muito...
O coração e a alma desejam compreender
o que diz a chegada dos cabelos brancos
e os traços do rosto
de que o tempo vem passando... é como um jogo.
É o jogo da vida
que é também da morte.

Como diz o Santo Francisco:
“é preciso deixar morrer muitas coisas
para que tantas outras possam viver.

Marilda

Por Gilson Reis
26.09.13

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Não se deve negar a ninguém o que lhe cabe, nem ao mundo sua vitória

Ler é algo que me fascina. Creio que posso ser apontada como uma pessoa que tem compulsão por leitura. Estou lendo três livros, sendo que dois ficam na cabeceira da minha cama. Um deles é Kafka para sobrecarregados de Allan Percy, especialista em coaching e em literatura de autoajuda e desenvolvimento pessoal. O livro reúne 99 aforismos kafkaniano, seguido de uma interpretação psicológica ou prática para ser usados no cotidiano.  Apesar da especialidade deste autor, comprei o livro porque gosto de Kafka e porque achei o título interessante. Não tenho consciência se esta leitura me serve como autoajuda, mas, às várias vezes me pego refletindo sobre o tema lido. Partilho o aforismo 49, Não se deve negar a ninguém o que lhe cabe, nem ao mundo sua vitória, pois a correria do cotidiano e competição imposta pelo capitalismo e a exigência de sermos sempre o melhor em tudo o que fazemos, nos leva, muitas vezes a esquecer de nossa espiritualidade. Sobre a frase em destaque, Percy diz que um dos maiores sinais de maturidade espiritual é saber reconhecer o mérito dos outros, esquecendo-nos por um momento de nossos dons e de nossa própria necessidade de atenção. Os grandes líderes – seja de um time ou de uma empresa – são aqueles que sabem fazer com que as outras pessoas se sintam importantes. Isso acontece porque chefes assim...
·        Não sentem sua posição ameaçada pelo fato de as pessoas à sua volta também fazerem um bom trabalho;
·        Sabem identificar o talento alheio e elogiar publicamente seu valor;
·        Não veem a organização como uma copetição de egos, mas como uma soma de capacidades para chegar a um objetivo comum;
·        Provocam e instigam seus colaboradores para que as ideias fluam livremente.
Esse conjunto de atitudes também é muito útil para uma boa relação com os pais, os filhos, o companheiro ou os amigos. Reconhecer o que os outros têm de positivo, em vez de enfatizar seus defeitos, é o segredo dos bons relacionamentos.