Ler é algo que me fascina. Creio que posso ser apontada como uma pessoa que tem
compulsão por leitura. Estou lendo três livros, sendo que dois ficam na
cabeceira da minha cama. Um deles é Kafka para sobrecarregados de Allan
Percy, especialista em coaching e em literatura de autoajuda e desenvolvimento
pessoal. O livro reúne 99 aforismos kafkaniano, seguido de uma interpretação
psicológica ou prática para ser usados no cotidiano. Apesar da especialidade deste autor, comprei o
livro porque gosto de Kafka e porque achei o título interessante. Não tenho
consciência se esta leitura me serve como autoajuda, mas, às várias vezes me
pego refletindo sobre o tema lido. Partilho o aforismo 49, Não se deve negar a ninguém o que
lhe cabe, nem ao mundo sua vitória, pois a correria do cotidiano e competição
imposta pelo capitalismo e a exigência de sermos sempre o melhor em tudo o que
fazemos, nos leva, muitas vezes a esquecer de nossa espiritualidade. Sobre a
frase em destaque, Percy diz que um dos maiores sinais de maturidade espiritual
é saber reconhecer o mérito dos outros, esquecendo-nos por um momento de nossos
dons e de nossa própria necessidade de atenção. Os grandes líderes – seja de um
time ou de uma empresa – são aqueles que sabem fazer com que as outras pessoas
se sintam importantes. Isso acontece porque chefes assim...
·
Não sentem sua posição ameaçada pelo
fato de as pessoas à sua volta também fazerem um bom trabalho;
·
Sabem identificar o talento alheio e
elogiar publicamente seu valor;
·
Não veem a organização como uma
copetição de egos, mas como uma soma de capacidades para chegar a um objetivo
comum;
·
Provocam e instigam seus colaboradores
para que as ideias fluam livremente.
Esse conjunto de
atitudes também é muito útil para uma boa relação com os pais, os filhos, o
companheiro ou os amigos. Reconhecer o que os outros têm de positivo, em vez de
enfatizar seus defeitos, é o segredo dos bons relacionamentos.