quinta-feira, 8 de novembro de 2012

CRIME E CULTURA!

Diante do bombardeio de noticias acerca da violência em São Paulo, não se pode ficar indiferente. Eu desconfio. De quê? Não sei. Como assim? Pois é, é natural desconfiar, e de algo, mesmo que não se saiba o quê. Melhor do que não desconfiar de nada e achar que está tudo bem.

Caros leitores, em especial da cidade de São Paulo, em algum momento de sua vida paulistana, você deixou de ouvir falar e até de presenciar assassinatos? Eu não! Ah! Mas agora está bizarro! Ai reside a primeira desconfiança. O que está bizarro caboclo!? A violência e ou a sua divulgação na mídia? Ah! Mas os números, as estatísticas comprovam a diferença de um mesmo período de um ano e outro! Desconfiança número 2: Antes foi pior mesmo? Oh! Digníssimo estatístico!

Talvez eu não entenda mesmo como estas estatísticas são construídas, não descarto esta hipótese, desconfio também de mim mesmo e minhas limitações, mas desconfio mais ainda das intenções de uma mídia que é muito poderosa no seu poder de influir! Não quero dizer com isso que a violência é uma farsa. C L A RO que não! Nem tampouco falar de desconfiança para incutir em qualquer que seja a idéia de que estão falando balela.

Então afinal, o que ocê quer Gilson Reis?
 
Desconfiar! Já disse.

Desconfiar que Paraisópolis não é somente pólvora!
É também poesia!
Desconfiar que Capão Redondo não é somente sangue!
É também vinho celebrativo!
Desconfiar que Nova Brasilândia não é somente toque de recolher!
Mas trombetas abrindo alas para os artistas da palavra!
Desconfiar que Diadema não é só becos escuros!
Mas alamedas iluminadas de talentos!

Desconfiar...
Pra não cristalizar ou estagnar o sangue.

...

Dica importante!
Acesse o Boletim do Instituto Sou da Paz que  analisa as estatísticas criminais de São Paulo no 3º Trimestre de 2012.  Traz uma análise dos dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo referentes ao terceiro trimestre de 2012. O documento apresenta comentários sobre os crimes ocorridos neste período na capital e no Estado, além de uma análise dos dados divulgados sobre o trabalho da polícia e a letalidade policial. O documento também apresenta algumas recomendações para a política de segurança pública no Estado.

Gilson Reis
08.11.12

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ESTRELA DA NOITE

A alegria da anfitriã, Hilde, acolhendo os aniversariantes no dia 27/10/2012 em sua casa não tinha tamanho, não tinha limites, não tinha mais espaço para caber tanto contentamento.
Hilde que sempre oferece sua espaçosa sala para comemorarmos o aniversário do sarau, desta vez tinha um motivo a mais para receber os amigos, como também receber a poesia, a festa, a arte em todas as suas dimensões, ela comemorava naquela noite maravilhosa sua própria vida, a vitória sobre a inesperada cirurgia de urgência por que passara meses antes. Só depois de estarmos em festa que ela balbucia para alguns de nós que no dia anterior à festa foi submetida a outra cirurgia, desta vez no olho esquerdo recorrente à cirurgia da cabeça.
GRANDE MULHER, LINDA MENINA. Isso mesmo, ela parecia uma menina em meio a tanta coisa bonita naquela noite estrelada. Repleta de estrelas, artistas de toda ordem: cantores, artista plástico, poetas, intérpretes, literários, ... e tantos outros que estavam por lá, nem tinha espaço para todos manifestarem suas façanhas artisticas, não se ouviu a bela voz da Augusta em suas belas canções, senão quando deu uma palhinha para Marli na sua presença ausente; e as crônicas do Reinildo? a manifestação da Raíssa? ...

Obrigada Hilde, você nos proporcionou tudo isso. Vida longa para você com muita saúde. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

POESIA


“...Nem parece que estamos em São Paulo, a cidade que não para e não dorme. Nós paramos, por causa da poesia...” Essa foi uma das falas da Conceição na postagem de ontem ao fazer sua homenagem ao 10 anos do Sarau Pegando o Gancho. De fato, amiga, sobretudo, em dias de tanta violência, mortes, cinismo das autoridades competentes, ou melhor, incompetentes!
As notícias nos veículos de comunicação nos últimos dias tem sido amedrontadoras. Violência, violência, violência... Mortes, mortes, mortes! “Policiais matam bandidos. Bandidos matam policiais.” E em meio a essa “guerra” estamos todos nós, amigos, familiares, pedindo a Deus que nos livre de uma bala perdida ou nem tão perdida assim! Na semana passada a comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, foi ocupada por 500 policiais (alguns veículos de comunicação disseram 400, outros 600). Depois assistimos a ação da polícia em Capão Redondo, Campo Limpo. Ontem a Zona Norte viveu momentos de horror. Assim tem sido: um horror de Norte a Sul. Como a situação tem se tornado insustentável, o governador Alckmin, ao contrário do que, cinicamente, vinha afirmando, de que a segurança em São Paulo estava sob controle e negando ajuda da polícia federal, acabou por reconhecer que a situação está longe desse ideal. Não que eu creia que a solução para esse problema esteja nas mãos da polícia. O descontrole é tal que a ordem para matar, incendiar, parte de dentro dos presídios. Todos sabemos que as prisões brasileiras tem sido escolas profissionalizantes para o crime. Embora haja excelentes escolas para o crime organizado, tráfico de drogas, em qualquer canto da cidade de São Paulo. Jardins, Higienópolis, Vila Madalena, Pinheiros, etc. Palácios, Prefeituras, Câmaras. É preciso uma ação  aí, também! Não sei se policial, vez que não creio que solução esteja nas mãos da polícia. Ante a essa dura realidade, “nem parece que estamos em São Paulo” quando se fala em poesia! Talvez seja necessário mais espaços de arte, educação, lazer, cultura, POESIA!
Foto: EM MEU AP. NO SÁBADO 27.09.12. SÓ GENTE DA MELHOR QUALIDADE

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Minha Homenagem aos 10 Anos do Sarau Pegando o Gancho

Estamos em festa, o Sarau Pegando o Gancho faz 10 anos. Comemoramos esta data com uma belíssima festa... festa da poesia, do amor, amizade, beleza de ser simplesmente o que somos, poetas. Comemos, bebemos, nos embriagamos da arte de fazer e viver a poesia. Hoje quero prestar minha homenagem ao Sarau Pegando o Gancho porque em minha vida ele tem um papel muito especial. Quando convido alguém para participar do Sarau, tenho o hábito de dizer que estar lá é como estar em um oásis no meio do deserto. Nós amantes da arte poética, paramos uma vez por mês e abrimos nossa vida à poesia. Ali vivenciamos as mais puras e melhores emoções que podemos. Nem parece que estamos em São Paulo, a cidade que não para e não dorme. Nós paramos, por causa da poesia. Outro detalhe é que apesar do formato ser o mesmo, não há um Sarau semelhante ao outro. Cada um tem sua singularidade. Assim como também os frequentadores. Como ele é itinerante, cada lugar onde vamos, cada lar que se abre a poesia, traz novos amantes da poética, dando esta individualidade ao Sarau. Hoje, vivo melhor em São Paulo porque participo deste grupo, onde estou há pelo menos 08 anos. Outro detalhe é que o Sarau nos proporciona fazer novos amigos. O Gilson um dos fundadores é amigo de outros carnavais. Mas, o Zé, o Guiga, a Luiza, o Lau, a Marli, a Sueli Finoto, o Alexandre, a Conceição, Marcelo, Mauro, Spel, nosso querido Naldo que está declamando poesia no espaço sideral e tantas outras pessoas que hoje fazem parte da minha vida, conheci no Sarau. Cada encontro com eles e elas me enchem o coração de profunda alegria. Hoje são meus amigos, por causa da poesia. Recentemente conheci o Edvaldo, com tenho hoje grande afinidade, apesar de tê-lo conhecido a pouco mais de um mês e por quem nutro um carinho especial. Todas estas pessoas conheci no Sarau. Por causa deste grupo que todo último sábado do mês deixe de lado seus afazeres, problemas de toda ordem, correria do cotidiano para se entregar à poesia. Parabéns ao hoje, Coletivo Cultural Pegando o Gancho. Parabéns àqueles e àquelas que continuam acreditando que podemos viver melhor, espalhar a fantasia, o amor, o sonho através da poesia; mas que isso, que é possível sim sermos felizes vivendo momentos poéticos. Um Brinde à poesia! Um brinde ao Sarau Pegando o Gancho!