Diante do bombardeio de noticias acerca da violência em São Paulo , não se pode ficar indiferente. Eu desconfio. De quê? Não sei. Como assim? Pois é, é natural desconfiar, e de algo, mesmo que não se saiba o quê. Melhor do que não desconfiar de nada e achar que está tudo bem.
Caros leitores, em especial da cidade de São Paulo, em algum momento de sua vida paulistana, você deixou de ouvir falar e até de presenciar assassinatos? Eu não! Ah! Mas agora está bizarro! Ai reside a primeira desconfiança. O que está bizarro caboclo!? A violência e ou a sua divulgação na mídia? Ah! Mas os números, as estatísticas comprovam a diferença de um mesmo período de um ano e outro! Desconfiança número 2: Antes foi pior mesmo? Oh! Digníssimo estatístico!
Talvez eu não entenda mesmo como estas estatísticas são construídas, não descarto esta hipótese, desconfio também de mim mesmo e minhas limitações, mas desconfio mais ainda das intenções de uma mídia que é muito poderosa no seu poder de influir! Não quero dizer com isso que a violência é uma farsa. C L A RO que não! Nem tampouco falar de desconfiança para incutir em qualquer que seja a idéia de que estão falando balela.
Então afinal, o que ocê quer Gilson Reis?
Desconfiar! Já disse.
Desconfiar que Paraisópolis não é somente pólvora!
É também poesia!
Desconfiar que Capão Redondo não é somente sangue!
É também vinho celebrativo!
Desconfiar que Nova Brasilândia não é somente toque de recolher!
Mas trombetas abrindo alas para os artistas da palavra!
Desconfiar que Diadema não é só becos escuros!
Mas alamedas iluminadas de talentos!
Desconfiar...
Pra não cristalizar ou estagnar o sangue.
...
Acesse o Boletim do Instituto Sou da Paz que analisa as estatísticas criminais de São Paulo no 3º Trimestre de 2012. Traz uma análise dos dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo referentes ao terceiro trimestre de 2012. O documento apresenta comentários sobre os crimes ocorridos neste período na capital e no Estado, além de uma análise dos dados divulgados sobre o trabalho da polícia e a letalidade policial. O documento também apresenta algumas recomendações para a política de segurança pública no Estado.
Gilson Reis
08.11.12