sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Poesia rolada na beira do Coração

Minha primeira postagem de 2014 será para homenagear o poeta e documentarista Akins Kinté, que agrega entre outras virtudes, o fato de ser gente da melhor qualidade.
Akins comandou no dia 05 de dezembro de 2013, no Centro Cultural São Paulo, mais conhecido como Centro Cultural Vergueiro, o sarau poético e futebolístico com craques da poesia periférica.
Na várzea e na vida, que coisa linda é uma partida de futebol.


Bola na trave não altera o placar
bola na área sem ninguém para cabecear
bola na rede pra fazer o gol
quem não sonhou em ser um jogador de futebol?

A bandeira no estádio é um estandarte
a flâmula pendurada na parede do quarto
o distintivo na camisa do uniforme
que coisa linda, é uma partida de futebol

Posso morrer pelo meu time
se ele perder, que dor, imenso crime
posso chorar se ele não ganhar
mas se ele ganha, não adianta
não há garganta que não pare de berrar


A chuteira veste o pé descalço
o tapete da realeza é verde
olhando para bola eu vejo o sol
está rolando agora, é uma partida de futebol.
O meio campo é lugar dos craques
que vão levando o time todo pro ataque
o centroavante, o mais importante
que emocionante, é uma partida de futebol.

O goleiro é um homem de elástico
os dois zagueiros tem a chave do cadeado
os laterais fecham a defesa
mas que beleza é uma partida de futebol

O meio campo é um lugar de craques
que vão levando o time todo pro ataque
o centro avante, o mais importante

IMAGINA NA COPA!!!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Réveiller

O hábito de nos vestirmos de branco e fazer a contagem regressiva para a chegada do ano novo não nos faz perguntar de onde vem esses rituais. Quem inventou esse tal réveillon? A maioria das tradições teve origem em outros países. A começar pelo nome, que vem do francês, do verbo réveiller, que significa acordar. É o despertar do ano. Essa palavra, réveillon, surgiu no século 17, dando nome aos longos jantares nobres, em vésperas de datas importantes.
No século 19 a comemoração se popularizou entre os franceses. No Brasil, esse costume chegou com a corte de Dom Pedro II ao Rio de Janeiro.
Com o tempo fomos incorporando elementos da nossa cultura nos rituais. O ano novo começa entre fogos de artifício, buzinas e apitos. Acreditava-se que o barulho espantava os maus espíritos.
Atualmente a queima de fogos é um espetáculo aguardado em quase todo mundo.
Com os agricultores portugueses aprendemos a guardar sementes de uvas e romãs, a fim de trazer prosperidade. Os italianos trouxeram o costume de comer lentilhas na passagem do ano.
As roupas novas nos remetem ao espírito de renovação. O hábito de usar branco veio dos africanos, devotos de Iemanjá, homenageada com oferendas no mar, e também nos remete à paz. Pular ondas é um hábito grego. Os gregos acreditavam que o mar era fonte de vida.
Há também tradições familiares e pessoais para atrair boa sorte, como subir em uma cadeira à meia noite ou não virar o ano com a carteira vazia.
Já estão preparando seus rituais para o próximo ano? Eu lhes desejo bons sonhos e o mais alegre despertar em 2014.