Certo dia Gilson Reis resolve se vestir de Hip e se jogar numa festa a la anos 60. Eu já previa o espanto, a surpresa, os oooooooooooh!!
- “Não acredito!”;
- “É tu mesmo?”
- “Que diferença!”.
Eu imediatamente assumi este lugar, afinal de contas estava num contexto profissional. Como assim? Festa, anos 60, profissional... Não virei Dj tampouco Go Go boy fantasiado.
Tratava-se de um encontro anual com os profissionais do ambiente de trabalho, coisa séria! Ocorre que na noite todos os arquivos se fecharam e os computadores foram desligados. Educador também se joga no salão e expurga todos os demônios!
Dessa celebração dos corpos surgiu uma das imagens, até então, mais comentadas da minha página no Facebook. Eu, trajado de Hip.
Não sei ao certo a razão do murmurinho, mas desconfio (Olha eu desconfiando de novo!) que a mudança de visual vislumbra o novo e explicita o velho.
- “Ai Gilson, assume esta imagem, ela te fica melhor!”;
- “Gostei Gilson! Deveria ficar sempre assim”!
- Malditos! Grifo meu.
- “Nossa!! Mas você ficou muuuuuuuuuuuito diferente!!!”
Melhor?
Pior?
Mais belo?
Mais gostoso?
Mais sensual?
“Como assim?” – Pergunta Luciana Gimenez
Bem, desconfio também que uma nova imagem descansa o já visto! Vale sim a pena mudar um pouco de visual, afinal de contas ninguém é obrigado a te ver com a mesma cara todo dia!!!!!!!!! Bem, depende da cara!
Eu também desconfio que uma nova imagem massageie a alma dos insatisfeitos consigo mesmo! Eu fiquei feliz com a foto, mas me adoro como sou! Hip nem pensar! Cabelo grande jamais!!!!! Coça! Visita os lábios com freqüência! Tapa os olhos! Gasta muito xampu e condicionador!...
Talvez esta postagem suscite uma reflexão sobre o eumesmoenãoooutro, tão essencial para a integridade de todo ser humano. É possível ser o outro num instante, veste-se uma capa por sobre o corpo, lança um óculos na cara, cobre-se a cuca com uma peruca... mas o essencial está ali... esperando que todos os adereços voltem ao seu lugar.
Cheiro de máscaras, essas verdades momentâneas!
Gilson Reis
29.11.12