Abrindo
espaço para os sentimentos dos amigos e amigas, convidei o Poeta Zezinho para
expressar sua veia poética através deste Poema.
Não
gosto das nuvens
Aquelas
que impedem o brilho da lua
Também
detesto o sol
Quando
me queima a pele
Ao
sair pelas ruas
Às
vezes adoro a chuva
Sentir-la
cair no chão
Tornar
verde a relva
E
aromar a terra
Não
gosto de sentir dor
Nem
ter que falar de amor
Ouvi
uma canção fúnebre
Não
quero ser chamado
A
dar explicações fúteis
No
juízo final
Tampouco
fazer perguntas
A
quem quer que seja
Só
para me sentir bem
Gosto
da vida
Assim
como há de ser
Zombar
do amigo (a)
E
receber-lhe um abraço
Quero
andar pelas calçadas
Na
noite iluminada
Apenas
pela minha imaginação
Sentar
no banco da praça
E
contar estrelas
E
se aproximar alguém
Que
seja alguém interessante
Para
que me conte uma história
Sem
presa...
Sendo
a noite...
Nossa
única companhia
Gosto
mesmo é da vida
Assim
como há de ser
Não
gosto de água da piscina
Dar-me
impressão de afogamento
Que
prende o grito sonoro
Prefiro
as cachoeiras
Espelham-me
a liberdade
Lava
a alma
Não
gosto de música
Prefiro
as canções
Que
me fazem descobrir
Mundos
distantes
Gosto
demais é da vida
Assim
como há de ser
Cutucando
a esperança
Não
gosto de Parmênides
Seu
ser inerte
Admirável
é Heráclito
Do
movimento intenso
Me
deixa inquieto
Não
gosto da razão
Mesmo
que dela tire
O
sustento da argumentação
O
coração também
Tem
suas certezas
Há
de quem ir contra elas!!
Não
gosto de minhas pernas
Quando
tenho que andar tanto
O
preferível é o caminho
A
me deixar lembranças
Nem
gosto do meu soluço
Quando
entalo
O
gostoso é o suspiro
Atrás
da orelha
E
do coração amado
Não
gosto de me ver sozinho
Se
a multidão está na rua
Gritando
Quero
ser parte
E
do todo construir
Gosto
do presente
Que
o passado está junto
E
o futuro sempre latente
E
mais ainda da vida
Assim
como há de ser
Diferentemente
Como
os dedos da mão
Mas
vivo acolhendo
Com um abraço o outro
Zezinho
28.02.13
Parabéns e Obrigado amigo!