Realce, realce, quanto mais purpurina, melhor...
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, como um mutante, homem primata, bichos que saem do lixo, coelhinho peludo...
O morro não tem vez,
mas o que ele fez, já foi demais...
mas, olhem bem vocês,
quando derem vez ao morro,
toda a cidade vai sambar.
Conceição, eu me lembro muito bem...
Babaluuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
Agora é tarde...comeria ela e o bebê... o pior cego é realmente o que não vê.
Sem pensar:
você não soube me amar, como o gato malhado e a andorinha Sinhá...
A voz do provocador anuncia que deve ser do caralho o carnaval do Bonifácio
e a alma imoral comparece ao Tribunal de Salomão
e o julgamento das meias-verdades inteiras condena Luís Antonio - Gabriela, pelas Histórias por telefone.
O Rei do ringue disputa o cinturão dourado e o lutador que digladiou em plena praça da Sé entoa a todo o pulmão:
É bom para o moral...
Conga la conga, conga, conga, conga. Ai!!!
Enquanto isso, na cracolândia: êh... já vem vindo o arrastão...
Feio não é bonito,
o morro existe
mas pedem prá se acabar...
canta, mas canta triste, porque tristeza é só o que se tem prá contar...
chora, mas chora rindo, porquê
é pau...é pedra...
A gente não quer só comida:
Galinhada,
sopa de cebola,
arepas e ceviches,
choripan,
buraco quente de picadinho,
montaditos e TAPAS.
I sing in the rain...
Na câmara de vereadores, Por um punhado de dólares, O bom, o mau e o bizarro, Bang-bang...
Deus perdoa...eu não!
A paixão rendeu um beijo no asfalto. À sombra das chuteiras imortais, vendem-se cenas.
A banda do Zé Pretinho chegou...para animar a festa!
Vai sacudir, vai abalar, quando o meu amor passar, vou rifar meu coração.
Quem dá mais?
Quem dá?
Quem?
E as paralelas nas ruas, são duas, Alice Ruiz e Alzira Spíndola, na casa das Rosas.
No balaio da virada, embarco no Yellow Submarine e junto a Maria Rita, entoo:
Caía, a tarde e um bêbado trajando o brilho de uma estrela fria me lembra que:
Balança povo, que uma noite não é nada, quem não dormir agora, dorme amanhã, após a virada. Virada a Paulista 2012!!!
sexta-feira, 11 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
MARIA RITA BALLET BIAFRA GRETCHEM MICHAEL SULLAVA
Esta talvez não tenha sido a melhor opção de shows para a recente edição da Virada Cultural da Cidade de São Pualo. Digo talvez por que haviam outras possibilidades, porem, por motivos que não vem ao caso, fiquei impossibilitado de desfrutar.
Mas, confesso, foi uma seleção que me remeteu à diferentes momentos de minha vida. A experiencia mais sublime foi, sem sombra de dúvidas, ter apreciado MARIA RITA cantando Elis Regina. Pena que não me sinto muito confortável em show de rua, ao ar livre, como queiram. Muita gente falando, cantando sem saber a letra e em tom infinitamente diferente do mais digno! Maria Rita é uma cantora nobre! A vejo e sinto certo ar de mulher chata nela, e que nem sei explicar, no entanto seu talento supera qualquer desgosto de ordem menos importante.
O show acabou, apesar de ela ter cantado que “o show tem que continuar”. Eu, Luiza, Laudecir, Marli e sua filha fomos ao Sesc Pompéia – extensão da casa da Marli – Lá dançamos ritmo Afro com o Grupo de nome que não me lembro agora. Não empolgou, ficou restrito a apresentar-se, sem envolver os que acabaram se posicionando como público. Optamos em comer acarajé ou outro salgado qualquer.
Eu, Luiza e Laudecir nos dirigimos ao centro da cidade onde o fervo era mais intenso. Sim, Virada Cultural é quando a cidade se transforma num calderão cozendo permanentemente uma sopa de ingredientes diversificados, com tempero à gosto do freguês.
Fomos ao Anhangabaú e, a convite do amigo e autor neste blog, Reinildo, nos sentamos para apreciar o BALLET DA CIDADE DE SAO PAULO. Nem queria comentar para não dar muita trela, mas vale a pena, ao menos, dizer que o nosso dinheiro, pago atraves de impostos, não está sendo tão bem empregado. Mas deixemos de subjetividades, o Ballet foi aplaudido ao final de sua apresentação cinza.
Já com Reinildo, Romario, um amigo destes e o Flavio, passamos por um palco onde Elis Regina era homenageada, mas nada de encantador nos envolveu, acho que nada mais substituiria, naquele dia, a presença intensa da prórpia filha da Elis.
Fomos ao Largo do Arougue, ali encontramos a “MADAME GENI”! Seria uma expecie de travesti de alguma versão musical de Chico Buarque? Luiza já se despedira. Bem, Chegamos um pouco depois da primeira musica do BIAFRA. Foi com gostinho de um passado delicioso que cantei “Voar voar, subir subir ir por onde for, descer até o céu cair ou mudar de cor” Acho que ele continua com aquela cara de menino de riso sem graça, com leve toque de ingenuidade.
Depois Eu, Laudecir, Flávio e a Madame Geni fomos ao Cabaré. Uma novidade na Virada de 2012, mas novidade só no nome, pois as atrações eram mais velhas que a estrada. Ali curtimos um “classico”, a rainha do bum bum – GRETCHEM!! Entrou cantando, acho que era inglês, tratando-se dela não se pode definir muito bem. Depois cantou o que realmente interessava ao publico dançante. Tenho certeza que até você lembrou das musicas agora.! Piripiripiripiripiripiripiripiripiripiripiripiripiripiripiriiripiripiripiripiripiri ahhhhhh! e por ai vai..
Quando ela voltou a cantar “inglêis” voltamos ao Arouche onde curtimos um delicioso show do Michael Sullivan, trazendo à memoria o clube que eu frequentava na minha adolescência, epoca em que eu gostava tanto de dançar que era o primeiro a chegar no clube, de nome Penarol, e ficava, sozinho, dançando debaixo do globo de ouro.
Confesso que senti falta de mais um palco onde pudessem reunir MARQUINHOS MOURA cantando meu mel nao “diiiiiiiigadeus”, ADRIANA cantando “Tamara” é tão bom, tão bom, tão bom, e o classico dos classicos “como uma deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuusa” na voz da saudosa ROSANA.
Se alguem da secretaria de cultura estiver lendo esta postagem...assunte!
Cheiro de virada à paulista
Gilson Reis
10.05.12
quarta-feira, 9 de maio de 2012
TOADA
Hoje é domingo
e eu acordei quotidiana.
Vontade nenhuma de sair da cama.
Do lado de lá da janela,
um sabiá insistente.
Repetitivo,
repetitivo,
repetitivo.
Basta-me como som.
No tapete do quarto,
os mesmos fiapos de sol,
que se parecem com cabelos de anjos.
Estriados pelo chão.
Repetitivos.
Sobre a cômoda,
a santa barroca de olhar perdido
recebe minha oração matinal:
sempre o mesmo pedido.
Repetitivo.
Vejo o retrato oval de meu avô,
na parede de papel listrado.
Colarinho engomado,
olhar altivo.
Meu filho se parece com ele.
Gosto dessa continuidade.
Repetitivo.
Do criado-mudo,
o telefone rasga o silêncio, impositivo.
-Alô, quem fala?
-Desculpe, foi engano.
Repetitivo.
Fecha-se o círculo do meu quotidiano.
Chão de Vento 3ª edição, 2011 (Flora Figueiredo)
Eu sei, hoje é quarta-feira...
e eu acordei quotidiana.
Vontade nenhuma de sair da cama.
Do lado de lá da janela,
um sabiá insistente.
Repetitivo,
repetitivo,
repetitivo.
Basta-me como som.
No tapete do quarto,
os mesmos fiapos de sol,
que se parecem com cabelos de anjos.
Estriados pelo chão.
Repetitivos.
Sobre a cômoda,
a santa barroca de olhar perdido
recebe minha oração matinal:
sempre o mesmo pedido.
Repetitivo.
Vejo o retrato oval de meu avô,
na parede de papel listrado.
Colarinho engomado,
olhar altivo.
Meu filho se parece com ele.
Gosto dessa continuidade.
Repetitivo.
Do criado-mudo,
o telefone rasga o silêncio, impositivo.
-Alô, quem fala?
-Desculpe, foi engano.
Repetitivo.
Fecha-se o círculo do meu quotidiano.
Chão de Vento 3ª edição, 2011 (Flora Figueiredo)
Eu sei, hoje é quarta-feira...
terça-feira, 8 de maio de 2012
TONICO E TINOCO
Faleceram Tonico e Tinoco. Tonico, em 1994. Tinoco, em
2012. A dupla sertaneja foi sem dúvida uma da mais respeitadas no Brasil, pela
sua trajetória de sucesso inquestionável. “Em 60 anos de carreira, Tonico e
Tinoco realizaram cerca de mil gravações, divididas em 83 discos que venderam
mais de 150 milhões de cópias, realizando cerca de 40.000 apresentações em toda
a carreira.”
A Virada Cultural contava com a presença de Tinoco, no
palco do Arouche, às 13h no domingo. No entanto, o artista faleceu na
sexta-feira que antecedeu o evento. Tinoco contava com 91 anos de idade e
segundo seu filho, José Carlos Perillo Perez, dois dias antes de sua morte
havia gravado para o programa da Inezita Barroso.
Entre os sucessos inesquecíveis da dupla estão Chico
Mineiro, música que consagrou a carreira. Não deve haver muitos brasileiros que
não a conheça. Vale lembrar:
...Fizemos a última
viagem
Foi lá pro sertão de Goiás
Fui eu e o Chico Mineiro
Também foi o capataz
Viajamos muitos dias pra chegar em Ouro Fino
Aonde passamos a noite numa festa do Divino...
Foi lá pro sertão de Goiás
Fui eu e o Chico Mineiro
Também foi o capataz
Viajamos muitos dias pra chegar em Ouro Fino
Aonde passamos a noite numa festa do Divino...
Outra música imortal, gravada pela dupla
foi Menino da Porteira, que se tornou hino nacional brasileiro.
Toda vez que eu
viajava pela Estrada de Ouro Fino
de longe eu avistava a figura de um menino
que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo:
- Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo...
de longe eu avistava a figura de um menino
que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo:
- Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo...
À dupla Tonico e Tinoco, a mais sincera gratidão do povo
brasileiro que guardará na memória e no coração suas músicas, suas vozes, seus
trabalhos!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Dança no Anhangabaú
Bom dia amigos.
Quero apenas deixar algumas palavras de uma apresentação que assisti na Virada Cultural que para mim foi mais que um espetáculo, mas se converteu em um profundo meditar do corpo e do envolvimento desde com o outro. Um balé que apresentou uma mescla de cello e dança clássico da OSESP "Bachiana", sensacional. Tão profunda emoção que não se ouvia mais nada além, do som daqueles cellos e a vislubração de dois corpos com movimentos ora sutis, ora ardentes que faziam lágrimas rolar por várias faces dos que estavam assistindo o espetáculo. Indiscritível!!!! O ritmo do som que emergia daqueles instrumentos, embalava os dançarinos no palco, provocava em todos uma emoção nunca antes vista por mim, em qunatidade tão grande de pessoas alí observando aquela obra de arte em movimento. A quem diga que o povo não gosta de arte, tá ai um exemplo que o povo sabe apreciar, só falta espaço.
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