quarta-feira, 31 de julho de 2013

CUIDAR DA VIDA!






Hoje, inicio um primeiro momento de três postagens sobre o CUIDAR. 
Espero que curtam!


De ensaios, erros e acertos vive o ser humano, mas no vento que passeia pelas almas boas é a manifestação da beleza que alimenta um próximo respiro, ou um próximo passo... mais acertado. O sentimento da beleza no ultimo respiro desse instante se aconchega na possibilidade de uma janela aberta. Que paisagem se configura por entre este espaço de infinidades? Que paisagens estes artistas da palavra e do ato delinearam nas linhas que esta janela abriga? O que nos diz aquele olhar cuidadoso e aquele colo aquecidamente pronto para o afeto?

Adote um sentimento revolucionário! Todas as cores têm luz! Há escuridão que ilumina e vozes escondidas com a extensão que a alma expressa! Aquele corpo frágil pode fortalecer tua rotina. Aquele sotaque “estranho” pode sintonizar-se com o seu.

Façamos um movimento nacional de afeto intenso, pois é preciso alimentar o bom senso afetivo nacional. Direitos! Convivência! Família! Trabalho! Comunidade! Criança! EU!! TU!!! NÓS!!! “Minha casa é meu lugar”. Então largar-me!, mas nos espaços sagrados do pertencimento. Deixar-me jogado, mas nos quadrados quentes dessa casa-mãe ou por entre borboletas de um jardim que cultivei... e depois de um cansaço de se saber largado, cheirar-me para que eu me renove e adormeça... e me renove... e adormeça...

Ah! Minha casa... meu lugar... Minha mãe...
O porto nem sempre seguro. O porto onde barcos afogados esperam seus guinchos, num mar onde perolas se perderam... os laços... Os sonhos... Ao partirem-se os laços inauguram-se monumentos de uma escultura feita de lagrimas... Obras de arte onde passeiam líquidos encarnados que não se estancam. Um mar de lágrimas, mesmo amargas, não podem afogar sonhos. Há sinais de vida num porto de inseguranças onde mergulhadores assistem os sonhos se despedirem...


Naquela rua há um ser humano infantil sem família...
Silêncio...
Silêncio de horror! Ser humano infantil sem família é como uma folha verde sobrevoando o deserto de areia caudalosa e o nada. É como ausência de sombra, num sertão de arvores magras...
 
E.C.A. é também Espaço de uma Casa Acolhedora – não tem preço!. A lei é um espelho limpo de uma imagem suja. Uma casa organizada desenhada num papel. A lei é o inverso organizado de uma roupa amassada. O reflexo cristalino de uma poça d’água escura. A lei garante algum direito? Ah! Se este espelho embaçado projetasse esta água límpida! Se esta casa desenhada se lançasse a um alicerce fértil! Se esta roupa amassada cobrisse o frio dessa natureza física e este reflexo cristalino lavasse a alma desses homens de alma escura...


Há hoje um choque de indignação... Essa indignação não é sentimento perdido nessa atmosfera sombria. Em alguns é um cansaço que a militância plantou uma desesperança histórica... Uma voz rouca nascida de uma expressão infértil...


Continua na próxima quinta...

Gilson Reis    31.07.13