Cacimba
(Verte)d’ouro branco,
Líquido do solo oco,
Vaso arrumado, quisto e não quisto,
Nascíturo verbolíquido (trans) à parentes...
Seus vivos e (de)pedentes seres: eu, tu, ele,
Nós, vós e eles(quidificados).
Hagá dois Ó, ômega grego salgado de Poseidon,
Acqua que queluz re flex fixa mítica a imagem,
Líquida dos temps, moments, factum, domus,
Musgular, intempérie, floco cristal enevoada,
De quando sobes evaporada e desce-nos trúcula,
Trépida, tenebrosa, torrente e tornada lágrimas naturais.
Concavidade (em)crusta dá, da mata, o que (des)sedenteia,
Na língua, da boca, oca, sede tu e sede de tu: o vapor,
Não vacuado dos átomos elementais de todos,
Que do ar que fostes, em nós ocupa maior espaço.
(Turbo)lenta nos seixos ex eixos magmoterrestres,
Crosta nos custa limpa, elomiente, liquefeita,
(Turbo)rápida acalha no leito, lama, lar,
Dos cascais, semiseixos, microeixos, deixemos-te,
Íntegra.
Retentora das cores prisma(i)maculadas, flores, (ó),(ô)dores,
Dos fruídos hormonohipofísicointelectoafeto,
Temperada de (uso)frutas e ácido termofermético,
(Trans)muta-te in VINO.
Embriaga-nos ó inebriante água turva, (per)(fume)mática,
Tranporta-nos Bacamente às alturas totens nimbus estractus,
Caiamos por chuvas, retornantes ao berço terra,
Pois somos água, e, à água voltaremos.
M. Malquebedeche
Dedicada a G.Félix._