quinta-feira, 25 de outubro de 2012

HOMENAGEM AO COLETIVO CULTURAL PEGANDO O GANCHO: MARLI, LAUDECIR, GILSON, LUIZA E OS AMANTES DA POESIA!























Caríssimo leitor!

Nesta série de homenagens que venho realizando, com um prazer indescritível, a presença do sentimento é uma marca tatuada em cada texto. Não sem razão, esta emoção se agiganta nesta paisagem, pois cada ser homenageado é uma pérola de sentimentos nobres.

Hoje quero fazer mais uma sensível homenagem, que se gesta de um ventre que eu não dou conta de senti-lo na sua grandiosidade! Estas palavras vão se lançando, assim...  como uma experiência intensa de sensações que talvez nos damos conta apenas depois de tê-la vivido.



















É como um fechar de olhos para o ato sublime do sentir, sentir e de... li... ca... da... men... te sentir. Viver o “sentimento presente”. Eis a máxima de um Coletivo do qual eu tiro meu chapéu para uma merecida homenagem.

É ao COLETIVO CULTURAL PEGANDO O GANCHO a minha emocionada alegria de homenagear!

Quando da ocasião de sua fundação, eu falava para o meu AMIGO LAU: Fui a um sarau na Paulista e fiquei encantado! Vamos fazer um em casa? Era outubro de 2002, no meio das fábricas cinzentas do bairro do Brás.  Que bela saudade daquelas primeiras almas poéticas que se entrelaçaram no ventre afetuoso do sarau!! Depois outros amantes foram se aconchegando, se alforriando no colo terno de outros amantes... colo que afaga seus poetas e  suas poetisas a dez anos.

Meus caríssimos amantes da POESIA!



















Cada um de vocês, que dedicaram a noite de sábado para tomar vinhos e recitar versos embriagadas de sentimentos! Que, de saudade, de entusiasmo, de alegria e ate de tristeza e angustias, saíram de seus lares para o abraço gostoso do encontro e reencontro em versos e prosas libertadas! Saibam! É mesmo difícil descrever a dimensão de tudo isso. Fomos vivendo intensidades a cada sarau! E eu sinto que é assim que fazemos história! E é assim que também ressuscitamos!!

LUIZA, MARLI E LAU...

Meus mais nobres cheiros!
Minha mais nobre reverencia!
Minha alegria, não clandestina, portanto escancarada, de tê-los como amigos amantes!  
Eu não “quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar”! Eu posso ter poucos... mas “DA MELHOR QUALIDADE!”... como vocês!

Cheiro de festa! 
Um brinde aos 10 Anos do Coletivo Cultural Pegando o Gancho
Gilson Reis
25.10.12 

terça-feira, 23 de outubro de 2012


Olhando para a História dos 10 anos de estrada e poesia do CCPG encontrei um texto do Chiquinho, que tomo a liberdade de republicá-lo nesta semana em que nos preparamos para comemorar essa trajetória...

VAI!

Pra cada passo um retrocesso esgueiro,
Passo a passo, passo em falso...
Pra cada ombro, uma lágrima desperdiçada.
Gota a gota, amargo fel...
Gênio mudo, medo e céu
Oco surdo, justo... És réu
Pisco o olho, escuro breu.
Fez barulho e se escondeu...
Trilha selvagem que te esqueceu
Na maré de vida obcecada, pré-destinada
Contada em pedacinhos,
Seus sonhos, seus vinhos, caminhos
Carinhos de ninar, beijos de afagar,
Doces quereres, bobagens e prazeres.
Novas viagens, velhas rebeldias,
E se ias, vai! Vai!
Acolhem-te os tempos, refúgio dos vivos,
Paragens revigorantes de céu aberto
Grito certo na garganta, que cala, aquiesce,
Resvala em tua dor, teu labor, teu segredo,
Pra cada morte, um nascimento,
Pra cada nascimento, a certeza da finitude,
Pra cada passo um acesso,
Passo a passo, passo certo...
Pra cada lágrima um ombro,
E, em cada ombro, uma esperança...
24/12/11 – 12:11
Chiquinho Silva