Esta é uma semana, em que
várias cidades do Brasil param suas atividades, com intuito de resgatar e
refletir a sobre a contribuição da população afro-descendente para a história
do nosso país. E assim, valorizar o legado que este povo deixou de herança. Herança
esta que foi negada ou tratada de modo pejorativo, pessimista, desvalorizado. Por isso a importância desta parada para
repensarmos, recontarmos a história desta população cujas tradições, mesmo
estando presente no dia a dia foram negadas e/ou invisibilizada ao longo de
séculos. Esta negação e invisibilidade
também atingiram mulheres e homens que se destacaram no processo histórico do
Brasil, seja no campo das artes, na literatura, na política, na área da saúde
ou da engenharia. Tenho certeza que nos jornais de hoje e nos telejornais desta
semana, em algum momento este tema será notícia. No entanto, após o dia 20 de
novembro, parece que nada aconteceu e tudo continua como sempre esteve. Algumas
pessoas, principalmente as de pele clara ou mais clara, os brancos do Brasil,
até para se auto-afirmar continuarão a tentar desvalorizar as pessoas negras. Às
vezes, até algumas pessoas de pele negra, porém que não se assumem, ou não tem
a consciência de seu valor enquanto afro-descendente tenta diminuir seu
“patrício” como diria Mazinha, grande amiga negra, que a seu modo lutou contra
o preconceito e defendeu nossas raízes.
Portanto, neste mês de novembro vou publicar uma relação de nomes de
pessoas que denominamos de Personalidades Negras Afro-Brasileiras, como já fiz
na semana passada, para que todos lembrem que a história do Brasil fica
incompleta ou com lacunas quando estas mulheres e homens são esquecidos,
negados ou embranquecidos. Termino lembrando que seremos uma nação verdadeiramente
democrática quando todos os sujeitos históricos forem vistos e retratados como
agentes da história do nosso país.