sexta-feira, 6 de abril de 2012

Lua Cheia

Hoje, dia 06, sexta feira da Paixão, é o primeiro dia ou primeira noite de Lua Cheia. A mesma lua que aparece em um quadro antigo de Cristo que enfeitava a parede da casa de meus pais. O que me encantava na foto era a figura serena de um Cristo, banhado pela luz da lua, no aguardo do flagelo. Como é que alguém podia exibir aquela serenidade sabendo do padecimento? A resposta vem através de D.Hélder Câmara: "Felizmente para todos nós, o Cristo, tendo morrido, ressuscitou. E esse milagre nos inspira e conforta, pois somos todos filhos dessa ressurreição."

"Quando no céu a Lua é Cheia, sou Deméter de coração nos olhos.
Busco o amor imensurável e ofereço àquele que habita em meus infinitos braços.
Sou Deméter quando procuro meu filho em cada ser, quando quero ser Ave mãe e ninho em um só tempo.
Sou Deméter quando meu colo se torna porto e suplica dolorosamente pelo lançar de âncoras de todas as embarcações.
Assim sou Deméter."


quinta-feira, 5 de abril de 2012

O DISCURSO DE GRISELDA – PARTE II


Na semana passada publiquei parte de um diálogo realizado entre o Laudecir e eu, através do celular, por meio do adorável torpedo. Não publiquei todo por que era longo, sinto que postagem em Blog precisa ser mais curtinho. Alem de dar um temperinho para a curiosidade que tanto nos caracteriza.

No final da postagem de quarta feira uma sensação se fez presente, ou seja, a de que havianos concordado. E eu lamentei por que na concordancia parece que o debate se esgota. Eis a minha sensação. Pois é, há quem diga que eu gosto de um conflito. E GOSTO!

Hoje publico o restante da conversa que nos rendeu boas reflexões em domingo nublado de março.

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Sobre o discurso da Griselda:

... “Sem o suor do exemplo os mais belos discussos perdem a legitimidade. M. Prisco.” – Citou o Filósofo Laudecir

Nisso nós concordamos. Que pena! Assim acaba o debate! – Disse eu

“Só nao estamos de acordo em aceitar discusso como se fosse grande novidade” – Ressaltou Lau

Pense nos seus discursos em sala de aula. Eles se repetem! Tem um impacto diferente a cada vez! Servem a interesses diferentes a cada vez! Chegam diferentes na mesma pessoa... a cada vez que ele escuta... enfim

“Interesses diferentes sim, mas que nunca seja para legitimar, ingenuamente, o poder estabelecido que aparece como máscara de honestiadde fazendo discurso”

Vamos tirar a máscara e garantir o essencial! Multiplicar esse essencial que muitas vezes vem de um discurso do opositor. Veja que curioso. Volto a dizer, que tudo depende de como nós, povo, estamos educados. Viva os bons educadores!

“Viva os bons educadores! – Tambem esclamou o intenso Lau -  Conheço muitos que insistem para que permaneça tudo como está. Povo educado que ler, que pensa, não o de interesse dos opocicionistas. Tampouco de bons educadores. Eles querem permanencia, o povo quer mudança, urgente! Sobrevivência”

Sem esses bons educadores, o discusso oposicionista – inclusive, o nosso tambem o é – reacenderá sempre aquele passado de tormenta, porem, na forma de modelo a ser seguido. Máscara feita de café com leite e pão e circo! A informação – hoje cada vez mais rápida e fugaz – está dificil de controlá-la, poucos a liquidificam, muitos nao fazem mais nada aos ouví-las, Os mais bem educados – e nem é pela escola formal – captarão o que for essencial para transformar em tijolo para a construção de novos sonhos.

“Com isso concordo”
...

E assim o domingo passou... de idas e vindas... reflexões e bons conflitos... Acho que cabe uma taça de vinho não é Lau!.

Cheiro de Chocolate e Feliz Páscoa
Gilson Reis
04.04.12  
                    

quarta-feira, 4 de abril de 2012

FOI ASSIM A NOITE DE 31 DE MARÇO

Vou tentar descrever.
Deliciosa presença do Sarau pegando o gancho em minha casa.
Como disse Laudecir, foi um presente. Merecido, sim mereci porque se assim não fosse não teria acontecido.
Fartura de petiscos, bolos, salgados, guloseimas para suprir toda a noite e ainda mais uns 3 saraus da mesma qualidade ou muito mais.
Pessoas que todo o tempo preencheram de magnífica energia o ambiente com músicas, poesias, falas altruístas purificando e abençoando meu lar.
Obrigada a todos que estiveram naquela noite num encantamento, que gostaria que não tivesse acabado. Cheguei a sugerir que ficássemos a noite toda, porém os compromissos do dia seguinte não permitiram. No entanto tive o prazer de tomar meu café do domingo com Gilson, Marli e Luciana. Quero continuar leve como estou para ir vivendo tudo o que vivi naquela noite. Obrigada.

Com licença Xico vou publicar sua poesia.

Gancho vadio

Xico Esvael

(aos 10 anos do Sarau do Gancho/março 2012)

Sob a lua crescente,

Os corações agradecidos

Enriquecidos plenamente

Pelos olhares furtivos, amigos.

Pelos cordéis e menestréis

A simplicidade e candura

Partilhada com fartura

Na cumplicidade da ternura

Transborda-nos de ventura

Torna a nossa alma pura.

Quiçá possamos sorver

Desta taça benfazeja

Que incita ao bem querer

E que o amor sempre seja

Sem culpas e sem sofrer.

O gancho nos propicia

As palavras benditas

O enlace, a alegria.

Dos Celtas vem à magia

Da alma rica e vadia.


terça-feira, 3 de abril de 2012

PRESENTE PARA LUÍZA

Luíza, você e sua casa merecem esse presente! E nós também, claro!

No último sábado o sarau do CCPG, realizado na casa de nossa amiga Luíza, teve o presente da presença de pessoas ilustres, nada mais nada menos que Costa Senna e um grupo de amigos seus, que como diria nossa amiga Odê "gente da melhor qualidade". Tivemos também a presença de Chico Esvael, um artista encantador, de uma sensibilidade simples, mas difícil de descrever. Sim, acho que a simplicidade é assim mesma! A Conceição apareceu com sua amiga da Bela Vista (cujo nome esqueci agora, desculpa), mas também uma figura idiossincrática, conhecedora apaixonada da cultura Africana e Afro-Brasileira. Bom... quem esteve lá, pode sentir o clima especial, espontâneo, alegre, etc., que rolou o tempo todo. E pra quem não esteve publico aqui uma música - TOM DESAFINADO - do poeta e músico Costa Senna e parceiros.


No nascer do sol seus raios choram / A saudade do pássaro encarcerado / No soprar do vento as folhas choram / A saudade do pássaro encarcerado / Quando um pássaro trancado salta e canta / É gritando para pedir a liberdade / É um canto chorado da saudade / Que explode ferindo-lhe a garganta

Ele canta em um tom desafinado / Por achar-se inocente e indefeso / Quem nasceu pra voar e viver preso / Duplamente está sendo injustiçado

No cair da chuva as águas choram / A saudade do pássaro encarcerado / A campina, o orvalho, a brisa e a planta / Sentem falta do pássaro encarcerado / Quando um pássaro trancado salta e canta / É gritando pra pedir liberdade / É um canto chorado da saudade / Que explode ferindo-lhe a garganta

Ele canta em um tom desafinado / Por achar-se inocente e indefeso / Quem nasceu pra voar e viver preso / Duplamente está sendo injustiçado.
(Costa Senna/Oliveira de Panelas / Roberval Freire)

O sarau vai assim como uma onda produzindo seus efeitos, sabe-se Deus até onde!

domingo, 1 de abril de 2012

TRIZ



Àquele que vai,

Àquele que fica

Há quem pense

Há quem mergulhe

Quem aguente

Quem se importe

As idas que vão

E nunca voltarão

As voltas que ficam

E sempre permanecerão

As marcas de um nome de ventre

Ou partes de outras tatuagens do tempo 

Talhadas em cada centímetro do corpo,

Em cada memória conclusa ou não

Àquele que turva o pretérito

Àquele que clareia o que há de vir

Há quem se revele

Há quem resvale no sonho

Quem não o suporte

Quem nunca tolera respostas

Àquelas perguntas eternas

Àqueles intermináveis desafios cotidianos

Resgate das horas

Tempero da vida

Em cada recusa,

Alguns recomeçam,

Outros regressam, rechaçam

Vazios de si

Cheios dos outros

De lástimas mortíferas

Àqueles que migram na solidão de seus próprios desígnios

Àqueles que adormecem na rotina costumeira do passado

Como se este fosse ainda presente

Há quem tente

Há quem reinvente

E quem, ainda assim, viva por um triz...

Presente que vai...

Passado que resiste...


31/03/2012 – 01:07
Chiquinho Silva:
“Meus caros leitores, embora não estivesse, sempre estive...”