quinta-feira, 8 de agosto de 2013

CUIDAR DA VIDA! Parte II





Reintegrar! 
Retornar! 
Regressar! 
É reunir pedaços.

O desafio do quebra-cabeça não desperta prazer apenas no instante de sua composição, mas no manejo com os pedaços. Cada pedaço é uma fortaleza. Os pedaços buscam seus pares em encontros marcados por cicatrizes de pedaços cortantes ou pela suavidade de uma pelúcia, uma musica de um riacho monástico.

No fluxograma o principio é a CRIANÇA e a CRIANÇA se fez meio e fim na rede de apoio. Uma rede balança o corpo e o descansa. A distancia entre duas arvores de braços estendidos abriga a rede numa brisa solidária. Quem me dera os espaços entre as arvores, mães encravadas numa terra fértil. Uma rede acolhe o cansaço de uma alma que de si se despediu para o encontro dela mesma. Uma rede lançada no mar alimenta uma aldeia que a construiu.

Na teia de um fluxograma, a complexidade e a proximidade.


Vem! 
Não vês que a sombra que fazes é um repouso para meu cansaço? 
Vem! 
Teu sono vai ter abrigo no colo que te ofereço! Mas... 
vem! 
com vontade!! 
Pois “há milhões de corpos a enterrar”, mas também milhões de partos e vidas a se gerir! 
Há milhões de vozes a compor uma canção diferente! 
Há milhões de João-de-barro construindo moradas no bosque! E milhões de homens e mulheres tecendo as redes... 
Talvez libertos numa autonomia límpida! 
Ou talvez, ainda com amarras dissonantes, apostando num sorriso alforriado.


Educador, que sorriso expressas quando te olhas no espelho?  
Ou que espelhos escolhes para te ver sorrindo? 
Mas não estamos sós! 
Parcerias são almas atentas à ameaça do vazio. 
Partículas de uma rede que alivia uma respiração ofegante.

Gilson Reis
08.08.13


continua...

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Black o quê!?

Caros amigos e amigas, a última vez em que estive aqui, com meus escritos foi em junho, no auge das manifestações que aconteciam rotineiramente pelas ruas de São Paulo. Recordo que no artigo que escrevi sobre este fato fiz alguns questionamentos, tipo “movimento é este?” “Quem está por trás dele?” ‘Com qual objetivo?”“ Para quê?”“ Se cobrem o rosto como saberemos se são pessoas sérias?”porém sem deixar de apoiar a ação dos estudantes, dizendo inclusive que “é importante que você se manifeste mostre o que, em sua opinião está errado ou é injusto, o que não se deve é cercear a liberdade de outros por causa da sua bandeira”. Os jovens tem sido um dos baluartes de luta contra as injustiças em nosso país, por isso é importantes também rever a forma como as coisas estão sendo encaminhadas. O diálogo é uma característica bacana nos jovens, mas não é o que estamos vendo. Nós queremos continuar acreditando e admirando a juventude que não se cala diante das mentiras, atos arbitrários e mentiras de alguns políticos, e por isso sai às ruas defendendo seus sonhos e direitos. Use um direito conquistado a favor da população e não contra ela. Por isso, manifestação sim, vandalismo não”. Este ponto de vista fez muitas pessoas do meu circulo de amizade se contrapor à minha pessoa, inclusive, insinuando que eu estava sendo reacionária. Pois bem, agora surge um dado que me deixa numa situação confortável, mas não convencida, porque surgiu uma explicação para tudo que vimos e continuamos vendo pela janela de casa e na TV. O quebra-quebra e o enfretamento com a polícia feito por grupo mascarados e vestidos com roupas pretas são chamados de Black Bloc, é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade1 mascarados e vestidos de negro se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas, conferências de representacionistas entre outras ocasiões, utilizando a propaganda pela ação para questionar o sistema vigente. Black blocs se diferenciam de outros grupos anti-capitalistas por rotineiramente se utilizarem da destruição da propriedade para trazer atenção para sua oposição contra corporações multinacionais e aos apoios e às vantagens recebidas dos governos ocidentais por essas companhias, segundo a wikipédia. Este movimento surgiu na década de 80 nos países desenvolvidos, reapareceu nos anos 90, e hoje, começa a se apresentar no Brasil. Me surpreende este movimento aparecer só agora, pois quando a desigualdade econômica no em nosso país era uma das maiores do mundo, se não a maior, não havia reclamações. Daí me pergunto, e pergunto a você caro leitor, isto está acontecendo agora porque a classe média emergente tomou consciência de seus direitos e decidiu sair às ruas contra o capitalimo que sempre lhe explorou ou porque a parcela de nossa sociedade que se acha prejudicada pelas ações afirmativas de valorização e divisão mais igualitária do bem público, está incomodando este que despertaram o blackblocismo dos antigos países ricos? Fica a pergunta para reflexão. Na próxima semana volta a tratar deste assunto. Grande abraço.