sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Rio, fonte de cultura

Queridos amigos, na postagem de hoje vou mostrar que em minha pouca permanência na cidade do Rio de Janeiro, diante de tantas possibilidades de praias e florestas, sobrou tempo para mergulhar na fonte de cultura que o Rio contém. São Paulo é a síntese do mundo, mas o Rio por ser menorzinho, em cada rua você encontra sebos, antiquários, museus, bibliotecas, ruelas reconstruídas e restauradas, etc..etc..etc... Lembrando que o cidadão que passeia leva consigo olhos de turista, tudo que já esteve por aqui, fui vivenciar lá. Passei pela Candelária no caminho para o Centro Cultural Banco do Brasil. Fiz uma oração em intenção das crianças mortas nas imediações, episódio triste que ganhou projeção internacional, até hoje relembrado.
No CCBB vi a exposição Da Vincis do Povo, onde o artista chinês Cai Guo-Qiang reuniu inventos de camponeses do interior da China. Na fachada do prédio se lia: "O que é importante não é se você pode voar"
No Museu Nacional de Belas Artes vi A Herança do Sagrado:Obras primas do Vaticano e de Museus Italianos.
Na Caixa Cultural a exposição era Luzescrita. Poesias escritas com luz onde as poesias de Arnaldo Antunes e Walter Silveira se fundem as imagens de Fernando Laszlo. Magnífico resultado. Outra exposição, a que inicialmente me levou à Caixa era: Walter Firmo:um olhar sobre Bispo do Rosário, ensaio fotográfico produzido em 1985 sobre a produção do grande artista pernambucano. Fazendo parte da programação cultural, a Caixa apresentava também a exposição Os Tapetes Contadores de Histórias. Pura magia!
No Paço Imperial, que foi construido em 1699 para ser usado como casa dos vice-reis do Brasil, vi a exposição Meu Bem, de Beatriz Milhazes. Fotografei um pouco da greve dos professores, que se instalaram frente a Câmara Municipal, que fica ao lado do Paço.
Passo a passo torço para que eles consigam ver realizadas todas suas reivindicações. Um dos passeios que fiz foi uma excursão a Petrópolis, onde visitei a casa de Santos Dumont, o Museu Imperial e o Palácio de Cristal, um dos cartões postais da cidade.
Fui fotografada diante de outro cartão postal que é o Hotel Quitandinha, outrora, concorridíssimo cassino.
Voltando ao Rio e ao centro, fiz pausa para um café na Confeitaria Colombo, que desde 1894 é um marco carioca.
Após a foto, não hesitei em preferir a Leiteria Mineira que fica numa das menores ruas do centro, para que Alice e eu nos fartássemos de chá, sanduíche no pão petrópolis e desfrutarmos do silêncio no centro do burburinho. Um oásis no agitado centro da cidade.
A confeitaria Colombo tem uma filial dentro do Forte de Copacabana. A "prima pobre".
No Forte de Copacabana conferi um espetáculo de daça intitulada Hip Hopboi e no Sesc Copacabana vi um espetáculo infantil sobre samba, com texto e roteiro musical de Ana Velloso e direção de Sérgio Módena. Sambinha no Espacinho Sesc.
O espetáculo adulto visto no mesmo Sesc, foi Antes da Chuva, da Cia. Cortejo, direção de Rodrigo Portella e Leo Marvet, encenada por Bruna Portella e Luan Vieira. Comecei orando na Candelária e findo orando na Catedral Metropolitana.
Grandiosa, gigantesca. Me senti uma formiguinha. (e pode tirar do rosto este sorrisinho irônico que está para desabrochar quando você se lembrou da minha estatura).

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

MALALA: A educação é o caminho para acabar com o terrorismo

Aos 16 anos, a paquistanesa Malala Yousafzai tornou-se a maior voz mundial em defesa da educação feminina. Nos meses em que o Talibã dominou a região em que vivia no Paquistão, entre 2007 e 2009, as escolas para meninas receberam ordem de fechar as portas. As que não obedeceram foram dinamitadas. Por contar das suas privações em um blog e falar contra a opressão sofrida pelas mulheres em seu país, ela se tornou alvo do grupo extremista. Em outubro do ano passado, um membro do Talibã disparou contra Malala no ônibus em que a menina voltava da escola. Ela foi submetida a uma cirurgia na cabeça e agora vive em Birmingham, na Inglaterra, com a família.


Confira abaixo a entrevista de Malala Yousafzai:

Por que o Talibã tem medo de você? 
O Talibã tem medo porque sabe que, se as mulheres tiverem acesso à educação, serão capazes de exercer um papel ainda maior do que o que elas já têm na sociedade. Em geral, são as mulheres que cuidam das famílias. São elas que administram a casa, cuidam dos filhos. Com a educação apropriada, elas poderão ter ainda mais oportunidades. Isso assusta o Talibã. É uma visão muito ruim, porque o mundo precisa de igualdade. Se as mulheres, que são metade da população mundial, não tiverem acesso à educação, o mundo não se desenvolverá. O Talibã também desenvolveu um sistema próprio de leis, que não tem nada a ver com o Islã. O Islã nos diz que a educação e o conhecimento são direitos de todas as pessoas. Então, eu acho que o Talibã não leu o Corão da forma apropriada. Eles precisam sentar e ler o texto novamente, com calma. O profeta Maomé nos ensina sobre igualdade, sofre fraternidade, sobre o amor ao próximo. O Talibã se esquece de tudo isso e só se lembra da jihad (guerra santa). Nós, meninas, temos nossa própria jihad pela qual lutar. Temos que lutar pelos nossos direitos e pela educação.

Já se passou mais de um ano desde o ataque que você sofreu. Você tem pesadelos com o Talibã? 
Não, eu me sinto muito bem. Também não me vejo como a menina que foi atacada pelo Talibã. Eu me sinto normal. Acho que é da natureza humana. Deus é muito bondoso conosco quando se trata de esquecer as coisas ruins. Devemos agradecer a Deus por isso todos os dias.

Você foi recebida pelo presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca. Como foi o encontro? 
Eu gostei bastante. O presidente Obama me recebeu com sua mulher, Michelle Obama, e sua filha mais velha, Malia. Nós conversamos sobre a situação da educação no Paquistão e também sobre a importância de motivar as crianças nos Estados Unidos a frequentar a escola. Nossa conversa se estendeu e eu pude falar de assuntos que hoje estão em discussão em meu país, como os drones. Eu disse a ele que sei que é verdade que, nos ataques com drones, os responsáveis pelo terrorismo são os alvos, como é o caso dos líderes do Talibã, mas que pessoas inocentes também são mortas nessas ações. É verdade que os drones estão matando o terrorismo, mas também estão contribuindo para aumentar o ódio em países como Paquistão e Afeganistão, o que acaba criando mais e mais militantes do Talibã. Obama me ouviu. Eu também disse a ele para investir parte do dinheiro que o país gasta em países como Afeganistão e Paquistão em educação e paz, e não só em armas e exército. Isso resultaria em um desenvolvimento muito maior para esses países.


revistamarieclaire.globo.com
Você disse que quer ser Primeira Ministra do Paquistão. O que você faria nesse cargo?
Decidi que quero ser política porque a verdadeira política pode salvar todo um país. Na maior parte das vezes, os políticos são desonestos e não fazem nada bom. Em vez de ficar sentada criticando o trabalho deles, quero seguir esse caminho para fazer diferente. Quero guiar o meu país pelo caminho certo. Vou transformar a educação na maior prioridade do Paquistão. Há muito para fazer nessa área. Quero transformar o Paquistão em um país desenvolvido. Mostrarei às pessoas um Paquistão de paisagens maravilhosas, de pessoas incríveis, de recursos fantásticos.


No Paquistão, muitas meninas da sua idade já estão casadas e com filhos. Você aceitaria um casamento arranjado? 
De forma alguma. Sou totalmente contra casamentos forçados porque eles destroem o futuro das meninas. Na minha escola no Paquistão, havia uma menina que abandonou os estudos muito cedo, acho que ela tinha 11 anos na época. Dois ou três anos depois, ela me ligou. Ela me disse que já estava casada e tinha dois filhos. Imagine só, ela tem a mesma idade que eu e já tem dois filhos! Não quero que as pessoas sejam forçadas a se casar tão jovens.

Hoje você vive na Inglaterra. É melhor ser menina na Inglaterra ou no Paquistão? 
Na Inglaterra, as mulheres têm a oportunidade de descobrir quais são seus talentos. Toda mulher pode decidir o que quer fazer da vida e pode efetivamente realizar seus sonhos. No Paquistão, somos limitadas. Não temos a chance de identificar nossos talentos nem descobrir nossas habilidades. Só podemos ter filhos e cuidar de nossa família. É cozinhar o dia todo, limpar banheiros. Esse é nosso trabalho a vida inteira. A mulher não tem a chance de se conhecer. No meu país, quando eu saía da escola, eu não podia nem conversar com meus amigos na saída. O difícil é que isso envolve também regras culturais, que são difíceis de mudar de uma hora para outra, mas não impossíveis. Foram os homens que criaram as culturas e as tradições, então podemos fazer algo a respeito.


Você não tem medo de voltar ao Paquistão e ser assassinada pelo Talibã? 
O Talibã tentou me matar e fracassou. Agora estou certa de que as pessoas não querem me matar. Eles entenderam que minha causa é a educação. Mesmo se eu for baleada, a minha causa não deve mudar com a minha morte. Essa causa nunca vai morrer. Além disso, as pessoas não precisam temer a morte. Eu vi a morte na minha frente e agora já não tenho mais medo dela.

www.fattosefottos.com.br
O Talibã diz que está disposto a iniciar diálogos de paz com o resto do mundo. As potências ocidentais devem se sentar para negociar com o grupo? 
Penso que o dinheiro que todos esses países gastam com armas e exército deveria ser gasto em educação. Para mim, a educação é o caminho para acabar com o terrorismo e com outros males do mundo, como a pobreza.

O que você acha dos madraçais, as escolas religiosas que ensinam uma versão ultraconservadora do Corão? 
Nas escolas normais, aprendemos sobre ciência, matemática, inglês, literatura, poesia e urdu (idioma local). Também aprendemos sobre religião, mas nos madraçais você aprende só sobre o Islã. Se você estuda a sua vida inteira em um madraçal, a única coisa que você sabe é dar sermões. Você não pode passar a vida inteira lendo o Corão, você precisa cuidar de sua família, trabalhar. Enfim, ter uma vida normal. É bom aprender lendo o Corão. Todos temos uma religião, mas a vida não se resume a isso.


Além de estudar, as mulheres no Paquistão não deveriam ser livres para andar na rua sozinhas sem precisar da companhia de um homem? 
Sempre me pergunto: se um homem pode andar sozinho na rua, por que uma mulher não pode fazer o mesmo? Eu quero que as mulheres tenham as mesmas oportunidades. Na Inglaterra, eu posso ir à rua sem ter um homem comigo, até a minha mãe pode ir sozinha. No Paquistão, as pessoas dizem coisas ruins para mulheres que andam sozinhas. Precisamos de uma transformação. Nossa batalha está só começando.


Sua luta teria sido possível sem o apoio incondicional de seu pai (o pai de Malala fundou a escola em que a filha estudava no Paquistão, a Khushal School and College)?
Aprendi muito com o meu pai. Acho que eu poderia defender essa causa mesmo sem ele, mas não tão jovem. Talvez com 20, 30 anos. Mas o meu pai foi um exemplo para mim e eu fui educada. Eu aprendi pouco, mas pelo menos aprendi. Sou muito grata a ele por isso.


melisalerue.com 
Você tem apenas 16 anos. As garotas da sua idade têm outras preocupações, como garotos. Você já se apaixonou? 

Não, eu nunca tive tempo para pensar nisso. Tenho uma agenda tão agitada que acho que nunca tive a chance de pensar em garotos (risos).

Tatiana Gianini
Revista VEJA

Por Gilson Reis
17.10.13

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dia do Professor

Ao se aproximar o dia em que se celebra o dia dos professores, eu, pela primeira vez me perguntei quando, em que contexto e como surgiu o dia dos Professores? O que aconteceu para que a sociedade, e neste caso a brasileira, “decidisse” dedicar uma data especial a este profissional? Por que 12 de outubro? Daí fui pesquisar, no veículo de informação mais rápido que temos na atualidade, a internet e encontrei o seguinte:  A resposta vem do Brasil Imperial. No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava basicamente da descentralização do ensino, do salário dos professores, das matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até sobre como os professores deveriam ser contratados. (...) Cento e vinte anos depois do decreto, em 1947, um professor paulista teve a ideia de transformar a data em feriado e iniciou a tradição de homenagear os professores no dia 15 de outubro, em referência ao decreto de D. Pedro I. A ideia surgiu porque o período letivo do segundo semestre escolar era muito longo, ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo o período. Cansados, literalmente, um pequeno grupo de quatro educadores, liderados por Samuel Becker, teve a ideia de organizar um dia de folga, para amenizar a estafa. {No site do Wikipédia tudo começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho" (...). O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. (...). Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada.} O dia também serviria como uma data para se analisar os rumos do restante do ano letivo. Foi então que o professor Becker sugeriu que esse encontro acontecesse no dia 15 de outubro. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça de professores e alunos, que levavam doces de casa, para uma pequena confraternização. O discurso do professor Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase "Professor é profissão. Educador é missão". A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias". Nos endereços eletrônicos abaixo encontrei outras versões para a mesma história. Hoje desejo as pessoas que de maneira corajosa assumem a profissão e missão de ser professor,  sabedoria para que possa continuar contribuindo para uma sociedade melhor, porque formam pessoas que serão sempre melhores cidadãos e cidadãs.  Um desses exemplos é do professor, no link abaixo que nos dá uma lição da verdadeira  inserção na sociedade e cidadania na roda de capoeira.