Vai...
Cuida
bem de tua vida
Se
aprendestes a amar, então amas
Se
aprendestes a servir, então sirvas.
Mostra
tua face, tudo que és
No
desconhecido que agora buscas.
Seja
prudente.
Vai...
Leva
contigo o que te pertence
Lembras
com carinho
Que
eu também sou teu.
A
idade da liberdade é a mesma da responsabilidade,
Quando
não o é, envelhece-se e arruína-se mais depressa.
Quero
ser cúmplice de um vôo responsável
Mas
se o mesmo não o for
Quero
também ser colo e alivio para a dor da queda.
Vai...
Prefiro
a tua ousadia em desatar os nós
E
ir em busca do que ainda não existe.
Prefiro
a tua iniciativa “cega”
Teu
vôo sem destino pelos ares desconhecidos.
Prefiro
tua coragem para enfrentar a caverna
Que
outros não ousam aproximar-se.
Admiro
tua decisão de ver um rastro de claridade
E
dali almejares uma dimensão grandiosa.
Prefiro
tua possível cara quebrada, sangrada.
Prefiro
tudo isso a essa condição inexpressiva
De
quem permanece no comum da vida
Seco.
Vazio.
Sem
as novidades das tentativas
Sem
as perspectivas dos ensaios e erros
Rotineiro.
Mecânico.
Num
eterno caminho sem horizontes.
Como
árvores sem galhos
Seca
Sem
o pouso das aves
Para
seu instante de canto e festa.
Vai...
E
quando voltares
Seja
como estiveres
Sei
que acima de tudo
Te
agradecerei a ousadia
Que
nunca te fará estancar a vida
Teu
Amigo
Gilson
Reis
17.04.14