terça-feira, 31 de julho de 2012


APOLOGIA



Por três semanas o espaço da terça-feira, neste blog, ficou vazio de postagem. Eu estava de férias do trabalho. Viajando. Isso não significa férias das postagens no blog, como bem disse meu amigo Gilson dias anteriores, pois as férias seriam momentos férteis para escrever.  Até acho que ele tenha razão. Tentei ser fiel a esse compromisso, mas não deu. Solicitei ajuda, e ainda assim não deu.  Desculpem a ausência.
Muita gente está acostumada a uma leitura despretensiosa em período de férias. Entre uma praia e outra... jogado em uma rede... sentado debaixo de uma árvore... nada melhor que ler algo que combine com tudo isso para o momento ficar ainda mais especial. O livro que me acompanhou nos dias que estive de férias foi “Variações sobre o prazer”, de Rubem Alves, presente de aniversário. É uma espécie de apologia ao prazer, à alegria, à beleza, mostra como ocasiões, fatos, que, aparentemente, tão sem importância como “empinar pipa, rodar pião, jogar sinuca, armar quebra-cabeças, pular corda, jogar xadrez...” podem ser o que de fato faz a diferença na vida e para a vida. Pergunta o autor: “haverá atividades mais tolas que essas? Tolas, sim, quando analisadas do ponto de vista da razão instrumental: ao final tudo fica do mesmo jeito. Nada é produzido… mas o corpo discorda. As ideias do meu corpo não são as ideias  da minha cabeça. De fato, o mundo fica do mesmo jeito, diz o corpo. Mas não eu. Eu fico alegre. E a alegria se basta. Ela não deseja nada além dela! E assim, alegremente, o corpo deixa o trabalho para brincar. Um brinquedo é um objeto com que se faz amor, um objeto amado. E, cada objeto amado è o centro de um paraíso. O Paraíso mora dentro de uma caixa de brinquedos.”
Assim, amigos, retomo esse espaço do blog fazendo um convite à brincadeira, à desimpotância: jogar conversa fora, sair com os amigos, sentir a natureza, andar descalço, ver o por do sol, molhar-se na chuva, brincar de roda, ouvir música, comer poesia...

Um comentário:

  1. Essa é a vida que pedi a Deus. Acho que ele não ouviu. Pensando bem ele ouviu. Minha infância foi bem assim. Mas Paulo apóstolo diz que quando a gente cresce tem que fazer coisa de gente grande...
    Coisa de gente grande é muita chata! Ainda bem que já estou chegando na idade de ser criança outra vez... Hummmmmmmmmmm, delícia de texto Laudecir.

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