quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ESPELHO.

Após uma profunda experiência com o espelho, uma amiga minha se inspirou e gestou este belo poema...

Espelho



O rosto perdeu o vigor de menina...
ganhou uma certa seriedade...
como também melancolia
saudade do que se viveu de bom,
mas também das vezes que foi a dor que ensinou,
ajudando a crescer para ser.

Os olhos que já viram tanto,
desejam ainda ver muito mais.
A boca que beijou tão pouco,
deseja agora beijar muito...
O coração e a alma desejam compreender
o que diz a chegada dos cabelos brancos
e os traços do rosto
de que o tempo vem passando... é como um jogo.
É o jogo da vida
que é também da morte.

Como diz o Santo Francisco:
“é preciso deixar morrer muitas coisas
para que tantas outras possam viver.

Marilda

Por Gilson Reis
26.09.13

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