domingo, 18 de dezembro de 2011

CICLO II

Retorno oportuno...
Fecha-se ou abre-se o ciclo semanal...




Quantos...
Tantos...
Quantos?

Dezembros juntados, nascidos ou mortos,
Novembros vencidos, vividos, apostos,
Outubros fadados, medrados e dúbios,
Setembros lembrados, pálidos ou esquecidos,
Agostos gostosos, desgostos, sem gosto,
Julhos juntados ao meio ou aos pedaços
Junhos sonhados, pulsados e seus longínquos instantes,
Maios maiores que tudo ou menores que um ínfimo,
Abris escancarados ou ensimesmados em vãs tolices,
Marços marcados por flores, sabores, pudores, ardores, temores,
Fevereiros fantasiados em fuga, em delícia e em folias... Fúteis nostalgias,
Janeiros que findam... Que principiam... Ou que adormecem...

Tantos...
Quantos...
Quantos?


09/12/2011 – 22:34
Chiquinho Silva
Republicado

Obs.: Esta poesia, pensada sem fim ou início, buscando um ciclo contínuo, pode ser lida e interpretada de seu inicío ao fim ou, se preferir, de seu fim ao início.

Nota: Imagem - O calendário dos Maias prevê o fim do mundo em 2012. A civilização que habitou o sul do México entre 2000 a.C. e o século 17 dominava astronomia e criou um calendário de 365 dias. Está tudo gravado em uma pedra circular que marca os dias até 21 de dezembro de 2012. Aí não tem saída: o mundo acaba junto com o calendário desse povo que foi dizimado pelos espanhóis.

Um comentário:

  1. Bom reler seu texto. Uma ida e vinda do ano em pensamentos e palavras como também nas obras.
    Rico Chiquinho.

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