Pra cada passo um retrocesso esgueiro,
Passo a passo, passo em falso...
Passo a passo, passo em falso...
Pra cada ombro, uma lágrima desperdiçada.
Gota a gota, amargo fel...
Gênio mudo, medo e céu
Oco surdo, justo... És réu
Pisco o olho, escuro breu.
Fez barulho e se escondeu...
Trilha selvagem que te esqueceu
Na maré de vida obcecada, pré-destinada
Contada em pedacinhos,
Seus sonhos, seus vinhos, caminhos
Carinhos de ninar, beijos de afagar,
Doces quereres, bobagens e prazeres.
Novas viagens, velhas rebeldias,
E se ias, vai! Vai!
Acolhem-te os tempos, refúgio dos vivos,
Paragens revigorantes de céu aberto
Grito certo na garganta, que cala, aquiesce,
Resvala em tua dor, teu labor, teu segredo,
Pra cada morte, um nascimento,
Pra cada nascimento, a certeza da finitude,
Pra cada passo um acesso,
Passo a passo, passo certo...
Pra cada lágrima um ombro,
E, em cada ombro, uma esperança...
24/12/11 – 12:11
Chiquinho Silva
Se desejasse boas festas, acabaria redundante...
Já que verdadeiras festas são, quero crer, sempre agradáveis...
Afinal, são FESTAS...
Pra todos nós, presentes de MÁRIO QUINTANA....
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!
(Poema de Mario Quintana) – Espelho Mágico
SE EU FOSSE UM PADRE
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
não falaria em Deus nem no Pecado
– muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a Poesia purifica a alma
... a um belo poema – ainda que de Deus se aparte –
um belo poema sempre leva a Deus!
... a um belo poema – ainda que de Deus se aparte –
um belo poema sempre leva a Deus!
(Poema de Mario Quintana)
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