Querido
Leitor!
De férias em Recife, neste momento na bela Ilha de Itamaracá, conhecida pela ciranda de Lia e... tá bem (também), pela rainha do bumbum, a Gretchem, escrevo minha postagem com a tranquilidade que só as férias proporciona. Tenho amigos que dizem: “Tô de férias, volto a escrever depois”. Como assim? Não é nas férias que temos mais tempo de fazer o que nos dá prazer? Pois é isso, aqui estou.
Antes de chegar a Recife a Ceça, minha irmã já havia me falado do Sarau em sua linda casa. Eu preparei algumas vivências de acordo com o tema sugerido pela Nêga Rosa e adocicado por mim: Reencontro: “Memórias, crônicas e declarações de amor”. Amei.
Quero
aqui escrever apenas sobre uma experiência memorável do sarau.
odonodalua.wordpress.com
Eis
que as “crianças” foram ao terreiro de casa numa noite em que ‘faltou energia’.
Sentados, começaram a poetizar através de expressões ouvidas e ditas naquela
paisagem infantil...
“Vai
dormir menino!” ” Tô com fome mãe” ”vai dormir que passa” ”Apaga o candeeeeeeeiro”! “Ô
Giiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilson!!!
Cadê esse menino?” “Pega o cipó de
goiaba ali!” “Ai que doooooorrrr de deeeeente!” “Bota alho”!
“Faz uma compressa de água com vinagre”!
“Mãe eu não aguento mais essa hemorroida”! “bota sal”
“Menina, dá pra tu deixar minha filha ir na janela, que ela vomita”? “Mastiga
uma cabeça de fósforo que não vomita”! “Come ‘bague’ da laranja que passa”! “Dá
dói barata rói” “A treze de maio na cova
da iria, no CEI aparece a virgem Maria” “O que é o que é, lambi lambi no teu cú
meti” “tem criança aqui menino!!” “Mãe,
sai dessa janela” “Vai pra escola menino”!
“Tem sandália não” “bota um prego
que funciona” “Sai do sereeeeeno” “Já deu a benção hoje?” “Benção mãe” Deus te abençoe e te dê juízo” “Olha o pãããão!” “Eu quero pirulito” “Vai
comprar um pacote de fubá e dois ovos, e num vem comprado outra coisa heim”! “Por
que papai foi embora mãe?” “Aquele raparigueiro” “Faltou energia”! ”Vamos pra rua”!! “Vamos
brincar de anel?” “Prefiro esconde esconde’! huuuuuuummmmmmm... “entra pra
dentro dormir”! “Ah mãe, a mãe do Duda ainda não chamou ele”!... ... ... ... ... ... ...
... ... ...
... ... ...
... ... ...
...
E
assim seguia a noite das crianças “felizes”.
Eu lembrei de um poema que escrevi em homenagem à Rua da Glória, onde vivi até meus 21 anos. Ele diz assim:
Saudade das noites
sem luz
Cheia de anéis nas
palmas das mãos
Estórias
"malassombradas"
E esconde -
escondes...
Ah!! A escuridão
iluminava aquela
rua.Cheiro de saudade
Gilson
Reis
12.07.12
Gilson,meu rei... deu prá sentir o calor, o cheiro, o burburinho. Deu prá sentir saudade. Olha o arroz doce!!! Mãe, me dá peito, mãe...
ResponderExcluirBeijos no Recife, na Ceça, na morena bonita vestida de chita, em Lia que mora na ilha e em Gretchen, que se peitar confete, é carnaval o ano inteiro.
Volta logo!
Marli Pereira
Querida Poetisa!
ResponderExcluirFoi uma noite inesquecivel, aliás, tenho vivido momentos felizes e intensos nestes 10 anos do Coletivo Cultural Pegando o Gancho.
Viva a energia poética!
Por falar em Lia, hoje eu e o Walteir fomos na casa dela, pedimos sua benção, falamos o quanto estava bonita e jovem e nos despedimos da ilha de Itamaracá. Foi Sublime
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