No próximo sábado, dia 01 de
dezembro, o Coletivo Cultural Pegando o Gancho se reúne para mais um sarau.
Você, é claro, é nosso convidado. Traga
sua poesia, sua arte, venha compartilhar esse momento conosco. Estamos chagando
ao final do ano de 2012, e por isso, temendo que o mundo se acabe, resolvemos
sugerir que você declame, recite, o poema de sua vida antes que isso aconteça!
Vai que acontece.... Bom, nós estaremos lá e queremos te ouvir. Pode chegar. Aí está o convite com o endereço, horário, contatos...
(Obs.: fica nas proximidades da Estação de Metrô Tatuapé, dá pra chegar caminhando).
Tome nota e seja bem-vindo!
Há alguns dias o poeta Thiago de
Freitas Peixoto, vencedor do concurso Slam da Guilhermina, que teve seu
encerramento no Memorial da América Latina, me apresentou o poema Milagre da
Poesia, de Sérgio Vaz, mentor do Sarau da Cooperifa/Zona Sul, a quem peço
licença para publicar seu poema nesta postagem. Na ocasião, Thiago disse ser
esse um dos poemas de sua preferência, “está colado na parede do meu quarto”.
“O
Milagre da Poesia” - Sérgio Vaz
Sou poeta
e como poeta posso ser engenheiro,
e como engenheiro
posso construir pontes com versos
para que pessoas possam passar sobre rios
ou apenas servir de abrigo aos indigentes
Sou poeta
e como poeta posso ser médico,
e como médico
posso fazer transplantes de coração
para que as pessoas amem novamente
ou simplesmente receitar poemas
para tristezas com alergias
e alegrias sem satisfação.
Sou poeta
e como poeta posso ser operário
e como operário
posso acordar antes do sol e dar conta do dia,
e quando a noite chegar, serena e calma,
descansar a ferramenta do corpo
no consolo da família -
autopeças de minha alma.
Sou poeta
e como poeta posso ser assassino,
e como assassino posso esfaquear tiranos
com o aço das minhas palavras
e disparar versos de grosso calibre
na cabeça da multidão
sem me preocupar com padre, juiz ou prisão.
Sou poeta
e como poeta posso ser Jesus,
e como Jesus
posso descrucificar-me
e sem os pregos nas mãos e os fanáticos nos pés
andar livremente sobre terra e mar
recitando poesia em vez de sermão.
Onde não tiver milagres,
ensinar o pão.
Onde faltar a palavra,
repartir a ação.
Sou poeta
e como poeta posso ser engenheiro,
e como engenheiro
posso construir pontes com versos
para que pessoas possam passar sobre rios
ou apenas servir de abrigo aos indigentes
Sou poeta
e como poeta posso ser médico,
e como médico
posso fazer transplantes de coração
para que as pessoas amem novamente
ou simplesmente receitar poemas
para tristezas com alergias
e alegrias sem satisfação.
Sou poeta
e como poeta posso ser operário
e como operário
posso acordar antes do sol e dar conta do dia,
e quando a noite chegar, serena e calma,
descansar a ferramenta do corpo
no consolo da família -
autopeças de minha alma.
Sou poeta
e como poeta posso ser assassino,
e como assassino posso esfaquear tiranos
com o aço das minhas palavras
e disparar versos de grosso calibre
na cabeça da multidão
sem me preocupar com padre, juiz ou prisão.
Sou poeta
e como poeta posso ser Jesus,
e como Jesus
posso descrucificar-me
e sem os pregos nas mãos e os fanáticos nos pés
andar livremente sobre terra e mar
recitando poesia em vez de sermão.
Onde não tiver milagres,
ensinar o pão.
Onde faltar a palavra,
repartir a ação.
BELISSIMO POEMA!
ResponderExcluirSerá que vamos apreciá-lo na voz so Thiago? ou do Sergio Vaz? Na certa, vamos apreciá-lo na sua heim Lau!
Na do Thiago é possível... possibilidade não é certeza hahahh Na minha há uma possibilidade maior!!!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa verdade tenho somente a ultima estrofe na parede do quarto..Esse poema é uma oração pra mim, sei ele de cor já, algum dia eu declamarei!!
ResponderExcluir
ExcluirPodemos fazê-lo juntos, vamos ensaiar uma performance... Hummm qualquer dia faremos no Coletivo - Poestas Ambulante - O que acha???