“FESTA DÁ TRABALHO! As múltiplas dimensões
do trabalho na organização e produção de grupos folclóricos da cidade de
Manaus”. Este é o tema do livro de
Alvatir Carolino da Silva, contemplado no “Prêmios Literários Cidade de Manaus,
no ano de 2011”. Silva cursou Licenciatura em Ciências Sociais pela
Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Mestrado em Sociedade e Cultura na mesma
Universidade, exerce o cargo de Professor Pesquisador do Instituto Federal do
Amazonas. Estas são algumas informações
acadêmicas que se fazem necessárias aos estudiosos, porém, algumas outras, na
esfera não acadêmica, parecem igualmente significativas.
Pelas informações iniciais desse texto pode-se
criar a imagem sobre o autor de um daqueles intelectuais que vive
constantemente enfiado dentro de um gabinete, uma biblioteca, produzindo seus
textos, artigos, preparando suas aulas. Ou seja, um homem distante da realidade,
dos dramas cotidianos enfrentados pelas pessoas, sejam na esfera econômica,
social, política, religiosa, psicológica, etc., sobretudo dos Amazonenses. Ao
contrário dessa imagem, o que vê é um homem simples, absolutamente sintonizado
com todos esses problemas mencionados, sensível e solidário com a dureza diária
dos menos favorecidos, dos desvalidos de toda ordem. Dado a hábitos simples:
como tomar cerveja em boteco, embaixo de uma mangueira, ao lado de pessoas
igualmente simples, e nem por isso menos gente ou de menos valor no que diz
respeito às possibilidades de aprendizado. É o que aparece nas entrelinhas das
falas e no comportamento de Alvatir.
Voltando ao livro. É sabido que o Brasil é
um País rico em manifestações folclóricas, mas de maneira muito especial a
Região Norte, e mais especificamente a Região Amazônica, centrando atenção particular
para a cidade de Manaus, é o lugar onde essas manifestações pulsam, é vital. É
essa vitalidade que move o autor, vivenciado e buscando compreender as tramas
dessa rede de expressões culturais, seus significados simbólicos e matérias.
Apresenta de maneira cativante o processo de envolvimento dos participantes nos
diversos grupos folclóricos daquela cidade. Fica a dica: vale a pena a leitura.
Tenho o livro. E empresto. Desde que devolvam. Hahaha!
Nas próximas semanas, futuras publicações, apresentarei
algumas abordagens sobre alguns aspectos desenvolvidos pelo autor.
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