De
vez em quando se vê na televisão noticias de “mendigos” que encontraram
dinheiro ou jóias no meio do lixo ou em vias publicas. Encontraram e
DEVOLVERAM!! O semblante de quem vê estas notícias é quase sempre de admiração,
parece que não acreditamos (ou não faríamos o mesmo?). Uma coisa é certa: Há
muita nobreza no ato de se despojar do achado e devolver aquilo que não é seu e
que tem muita importância para seu dono.
Mas
por que escrevo essa introdução à postagem de hoje? Pois é nobre leitor! Fui
vítima de alguém que encontrou um objeto meu e não devolveu! O objeto foi um
Pen Drive. Ah! Que bobagem! Dizem alguns. Como assim bobagem????!!!!! Exclamou
seu dono. Pen drive é um arquivo de memória que guarda a originalidade de
nossos pensamentos e sentimentos. Ou você só tem tranqueira no seu pen drive?
Esqueci
no Sesc Pinheiros. Disse ao meu amigo Laudecir que público de Sesc devolveria o
objeto. Ele me chamou de ingênuo. Eu quis essa ingenuidade pra mim, mas foi por
pouco tempo, pois quando eu fui no Sesc e descobri que não haviam entregue nos
“Achados e perdidos”, eu olhei fixamente nos olhos da atendente e disse:
-
Bem que essa pessoa que encontrou poderia morrer!
Algum
movimento no semblante da moça se manifestou imediatamente. Prossegui:
-
Sim, por que essa criatura não pode ser uma pessoa boa. Pensa bem!
Ela
silenciara, fixando seu olhar em
mim. Eu continuei com meu ensaio sobre a desgraça.
-
Poderia ir crescendo algumas bolhas no corpo dessa pessoa e a palavra PEN DRIVE
a atormentasse insistentemente...
PEN DRIVE PEN
DRIVE PEN DRIVE PEN
DRIVE PEN DRIVE PEN DRIVE
Até
que minha felicidade fosse devolvida e a saúde dela recuperada num toque de
“mágica”.
Não
quis prolongar o tormento que se apossava no semblante da atendente e disse adeus,
me despedindo.
O
meu querido Sesc (Minhas experiências culturais mais deliciosas acontecem no
Sesc) respondeu meu email se dispondo a procurar os meus pensamentos e
sentimentos originais, mas a esta altura eles já estariam apagados e substituídos
por alguns pensamentos mais inúteis e sentimentos mais fúteis!
Cheiro
Gilson
Reis
28.03.13
O que pensar sobre esse artigo. Sinto muito pelo seu pen drive como também pelos seus esquecimentos. Nada que um rivotril não resolva.
ResponderExcluirBjs.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSeu “PEN DRIVE” poderia ter sido levado a Turquia?
ResponderExcluirVai saber afinal nosso Brasil tão brasileiro, está repleto de pessoas que se contentam com o pouco ou o muito que se consegue a custa do meio mais fácil... usurpar do outro aquilo que não lhe pertence. Salve Jorge!!!
Uma dose de "cachaça mineira" ajuda também amenizar a dor!!! Sinceros sentimentos.
Caríssimo Edvaldo!
ResponderExcluirObrigado pelo apoio, afinal, perder um pen drive é uma experiencia fúnebre! rsrsrsrsr
Vão-se sentimentos tão cuidadosamente registrados.
Mas como diz minha mamãe: "Deus proverá todas as coisas!"
Cheiro de cachaça mineira