quinta-feira, 25 de abril de 2013

JOVENS VULCÕES


Em tempos de erupções vulcânicas em torno da adolescência autora de ato infracional, apresento um belo poema. Nele eu encontro uma voz que questiona: Você conhece bem esta fase turbulenta?

Quando chegamos e contemplamos a paisagem
Sentimos medo dos jovens vulcões silenciosos
Que ameaçavam nos derreter
Com suas lavas incandescentes

Temíamos morrer queimados
Pelo ódio vermelho das brasas
Descendo pelas encostas áridas
Em busca de espaço e liberdade

Não sabíamos do momento das erupções
Que fariam a terra estremecer
Nem das fendas que nos engoliriam
Para sempre.

Paramos temerosos
E erguemos tenda provisória
Aguardando a catástrofe
 
Os primeiros tremores nos assustaram
Mas nossa tenda não foi desmontada
Nossos corações pularam de medo
Mas a hecatombe não aconteceu

Outros sismos se sucederam mais fortes
Nossos corações se acostumaram
E construímos nossa morada definitiva
Os tempos passaram...
Os sismos, as erupções e o estrondo
Estremeciam nossos corações

De verdadeiros habitantes da encosta
Acostumamo-nos aos jovens vulcões
Que na angustia de sua colérica opressão
Expeliam suas emoções incandescentes
De ódio e de amor

Se assim não fosse
A terra explodiria
De fúria e desespero
Cessado o estrondo
E vomitadas as lavas necessárias
Os vulcões aliviados
Retornam à sua beleza natural

Hoje preferimos viver na encosta
Entre os vulcões que rugem e explodem
Do que no pântano
Entre as cobras que picam
Escondidas sob as folhas

Jovens vulcões
Jovens vulcões
Ficaremos em paz
Quando os homens entenderem
Tuas explosões.

                                                                       Luiz Gonzaga de Freitas Filho.                 

Por Gilson Reis
25.04.13

3 comentários:

  1. Abraço fulcânico a todos do pegando gancho... as vezes demoramos demasiadamente insultar nossos vulcões...

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  2. “Quando a gente ama...” *(1)

    Ver o sol se pôr
    As estrelas brilharem no céu
    O beija flor no jardim
    E o canto do bem-te-vi

    “Quando a gente ama, simplesmente...”

    É sentir dois corpos serem únicos
    O calor do seu rosto, acariciar o meu
    Vivendo a magia da vida
    Numa tarde de inverno ou verão!

    “Quando a gente ama, simplesmente ama.
    É impossível explicar.”

    As palavras fogem com o vento
    Simplesmente...
    Simplesmente...




    *(1) Letra da música de Oswaldo Montenegro

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  3. CARO ZEZINHO
    PRESENÇA SEMPRE BEM VINDA NESTE BLOG
    CHEIRO DE REENCONTRO COMPANHEIRO!!

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