segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Aula Nota Dez – Parte II


Para uma aula Nota 10 precisamos de professor (a) nota dez também. Mas como distinguir o professor de um educador? O texto de Maria do Céu Roldão “Função docente: natureza e construção do conhecimento  profissional” nos mostra como a função social do professor se tornou uma profissão e qual deveria ser sua principal ação. Neste livro ela diz que Reis Monteiro, 2000 para responder a afirmaação acima, faz as seguintes perguntar “Que é um professor? O que o distingue de outros actores sociaise de outros agentes profissionais? Qual a especificidade da sua acção, o que constitui a sua “distinção?”? Diz ainda que, o  caracterizador distintivo do docente, relativamente permanente ao longo do tempo, embora contextualizado de diferentes formas, é a acção de ensinar. Mas coloca-se a este respeito um conjunto de questões, quer históricas quer conceptuais: por um lado, importa saber o que se entende por ensinar, o que está longe de ser consensual ou estático; por outro, o reconhecimento da função não é contemporâneo do reconhecimento e afirmação histórica de um grupo profissional associado a ela. Pelo contrário, a função existiu em muitos formatos e com diversos estatutos ao longo da história, mas a emergência de um grupo profissional estruturado em torno dessa função é característico da modernidade, mais propriamente a partir do século XVIII. Continua dizendo A função de ensinar, nas sociedades actuais, e retomando uma outra linha de interpretação do conceito, 2 é antes caracterizada, na nossa perspectiva, pela figura da dupla transitividade e pelo lugar de mediação. Ensinar configura-se assim, nesta leitura, essencialmente como a especialidade de fazer aprender alguma coisa (a que chamamos currículo, seja de que natureza for aquilo que se quer ver aprendido) a alguém (o acto de ensinar só se actualiza nesta segunda transitividade corporizada no destinatário da acção, sob pena de ser inexistente ou gratuita a alegada acção de ensinar).

Um comentário:

  1. Os títulos de suas postagens me levaram a algumas interrogações estes dias...
    Existiria o Professor nota 10?
    Se os critérios qualitativos associados as condições oferecidas pelo poder público são essenciais para termos um professor qualificado e, constatando sua inexistência, então, este professor nota 10 não existiria.

    Por outro lado...
    Depende do Poder Público ter professor nota 10?
    Os professores que agora leem este comentário se classificam de acordo com o que é oferecido pelo Poder Público ou se orientam por outros critérios?

    Cheiro
    Parabéns pelas postagens Ceça!

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