Por entre a janela de meu ninho quente
Desfilam pedaços frios de algodão
Numa suavidade monástica
Em contraste com o movimento das calçadas.
A garoa acena para o artista solitário
Que a agradece
Em forma de sons, cores e palavras.
Da paisagem branca que se afigura
Por entre blocos de caixinhas agigantadas
O Poeta, em sua janela colonial, recita versos
Que se perdem na distancia de seu olhar.
Da paisagem sóbria que se adentra
Por entre os corredores da gigantesca arquitetura
O Pintor, de sua janela moldurada, esparrama sua tinta
Que se mistura na feitura de sua abstração.
Da paisagem melódica e silenciosa
Que se apresenta na distancia do quarto
O Compositor, em sua alegre janela, entoa cânticos
Que se lançam, esvoaçantes, no infinito cinzento.
Por entre a janela de minha alma
A garoa acena para o artista solitário
Que a agradece
Em formas de sons, cores e palavras.
Gilson Reis
Poema dedicado ao Amigo e autor neste Blog, Laudecir da Silva, que hoje, 23 de junho, faz aniversario de nascimento. A ele, o meu mais expressivo cheiro de hoje.
Cheiro de Vida!!!
Que lindo poema. Eu o estou lendo às 21h.
ResponderExcluirPareceu-me tão simbolista. Lembrou-me Cruz e Souza, acredita?
E que Gilson é gente fina como o bardo do XIX!
Merci.
Laudecir, nós te amamos querido! Happy Birthday! :-D
Carlos Leitores!
ResponderExcluirDe férias, passo por aqui rapidinho para estar em sintonia com os visitantes. Espero encontra-los na próxima quinta feira.
Cheiro de Milho verde!
Gilson Reis
Querido Josafá!
ResponderExcluirTe senti pertinho! Isso é uma Deliiii-cia!!
Cheiro de Josafá por perto!
Conheçam este cara!