Já em 1947, integrou o grupo de teatro Os Artistas Amadores e em 1949, convidado que foi a participar da reinauguração do teatro Copacabana, no Rio, sobe ao palco com Tônia Carrero e ganha seu primeiro prêmio de melhor ator, com a peça "Um deus dormiu lá em casa".
Retornou a São Paulo em 1951 para integrar o TBC, no qual permaneceu por cinco anos, participando de espetáculos como:"Seis personagens à procura de um autor" e "Antígone".
Ciente de que o ator que adere ao preconceito de dizer que não faz determinado gênero se limita demais, estreou no cinema em 1952, com o filme "Apassionata", de Fernando de Barros, filmando no mesmo ano "Veneno", de Gianni Pons. O primeiro longa colorido brasileiro, "Destino em apuros", contou com sua participação.
No teatro fez "Otelo" com direção de Adolfo Celi, em 1956, e encenou "My fair lady", ao lado de Bibi Ferreira, em 1962. Nesta ocasião, Autran sofre um acidente de carro, que o deixa afastado do palco sete longos meses.
Voltou para encenar "Depois da queda", de Arthur Miller, contracenando com Maria Della Costa.
De 1965 a 1969, considerado nossos anos de chumbo,atuou na peça "Liberdade, liberdade", de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, peça esta que foi censurada em 1967.
Atuou no filme "Terra em transe", de Glauber Rocha, e encenou "Édipo rei" sob a direção de Flávio Rangel. Atuou também em "Morte e vida severina", de João Cabral de Melo Neto, e em 1970, sua peça, "Brasil e Cia." é suspensa pelo Serviço de Ordem Política e Social (SOPS) e ele é chamado a depor no Departamento de Censura Federal.
Em 1972, participa com Bibi Ferreira e Grande Otelo, de "O homem de La Mancha".
Diversifica mais uma vez o gênero, quando faz em 1979 sua primeira novela, "Pai Herói", de Janete Clair. Seguidas por "Guerra dos Sexos" e "Sassaricando", com rápida participação na novela da TV Bandeirantes, "Os imigrantes".
No cinema também participou do filme "Quando meus pais saíram de férias", de Cao Hamburguer.
Em 2005 lançou pela editora Cosac Naify, o livro "Paulo Autran - sem comentários" e seu programa de rádio "Quadrante" foi considerado o melhor do ano, pela APCA.
O grande ator brasileiro carregou em seu vasto currículo, as atuações em "A amante inglesa"; "Tartufo"; "Rei Lear"; "Visitando o Sr. Green" e "O avarento", seu último espetáculo.
Paulo Autran foi submetido a uma cirurgia cardíaca em 1983. Em 1984, recusou a insígnia da Ordem do Ipiranga, oferecida pelo então governador Paulo Maluf, criticando ferozmente a ação da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Em janeiro de 2007 traduziu a peça "Pequenos crimes conjugais", e em abril do mesmo ano sofre uma internação, para dois meses depois ser diagnosticado um câncer de pulmão.
Fecham-se as cortinas em 12 de outubro de 2007, quando morre em São Paulo, aos 85 anos, deixando um rastro de paixão e dedicação total a esta nobre arte.
Nossos mais calorosos aplausos.
Marli,
ResponderExcluirQue biografia!!!!!!!!!!!! A arte agradece, não é? Que venham outros artistas com tamanha competência.