para alegrar o nordeste
e encher de esperança
a todo cabra da peste.
Como era mês de março
houve chuva de verão
parecia primavera
pois florescia o sertão.
O local do nascimento
para todo sortilégio
é onde nascem rainhas:
Porto Real do Colégio.
E para espanto do povo
meus avós prevendo a sina
deu pr'aquela princesinha
o doce nome: Regina.
Todo mundo se encantava
com a sua formosura
sorria sorriso largo,
nas mãos a delicadeza,
e como toda mocinha,
todos sabem como é,
ofertou sorriso lindo
pro namorado José.
E como vem, como vai
veio a se tornar meu pai.
Mamãe já tinha meu mano
de um outro casamento,
depois de mim, outro irmão
veio a família somar,
ambos irmãos faleceram,
coube a ela sepultar.
Quando eu a via murchinha,
nem precisava perguntar,
a minha doce velhinha, sofria por dentro,
calada,
não sei se era forte ou se fazia,
prá não me ver chateada.
Outro dia ela se foi
deixando-me a indagação:
como os olhos podem vazar
e deixar seco o coração?
Mas tendo a missão cumprida,
sei que ela deixou a certeza
que vai voltar vida ao sertão.
Reviverá toda a beleza.
À
minha mãe
Regina Pereira da Silva
(1927-2011)
Marli,
ResponderExcluirLinda homenagem à sua mãe. Parabéns!
Foi encantador ver o cuidado, a preocupação que você teve para com ela nesses momento difíceis.
Que beleza!
ResponderExcluirLágrimas tocam os teclados para escrever esta mensagem...