quinta-feira, 1 de março de 2012

VIAGEM: PAISAGENS E CHEIROS FOTOGRAFADOS NA MEMORIA



Eu sinto ter comido muito bem e barato. Meu nome era “promoção”. Naldo só falava de feijão e arroz. Eu me esbagacei num restaurante Coreano, que tem aos montes, e comia o equivalente a R$ 7,00. Peixes, verduras legumes. Mas uma tarde foi marcante. Eis que por volta das 16h tendo passado horas passeando pela calle florida, quase o Brás de Buenos Aires, entramos um restaurante... coreano! E vimos tanta diversidade de comida que fomos logo enchendo a bacia. Ao pesarmos e nos sentarmos para a primeira bocada, nos damos conta que a comida estava fria. Quase gelada. Como havia um diferencial no espaço, pensamos: É a proposta do restaurante. Alem da fome canina que não ajudou a raciocinar. Comemos toda bacia e, ao fim da última bocada, alguém que chegara com seu prato se dirigiu a um microondas localizado a um palmo de nosso nariz. Cutucamos os dentes e saímos em busca de novas aventuras. 

Não esqueceremos nunca do café da manhã. Eram três medias lunas dulces com um litro de café!!! Era promoção ué!! Se fosse “xiquinha” seria mais caro. O certo é que ficávamos acesos o dia todo, com exceção de um dia em que minha pressão baixou e eu fiquei derretido na cama já quase pedindo pro Naldo fazer uma reserva de uma tumba-cova ao lado da tumba de Evita Peron, no fino bairro Recoleta. 

Á noite, após o cineminha e o jantar... nos coreanos (Estavam em Buenos Aires ou na Coreia?!!!) passeávamos na avenida Nove de Julho, Praça da República e voltávamos para o Hostel pela inesquecível Calle Corrientes. Que delicia cultural! Uma rua de teatros, livrarias, padarias, confeitarias, cinemas, funcionando quase toda noite... Eu quero aquela rua pra mim!!  
Nestes 12 dias passeamos muito!! No avião, lendo uma reportagem sobre viagem à Buenos Aires, a entrevistada sugeriu todos os lugares por onde passamos.
A formosa Recoleta onde Chico Buarque descansa e vagabundeia!

San Telmo com suas ricas antiguidades misturadas às quinquilharias a la mercado de São José!
Ao final dela fica a Casa Rosada que, durante o brilho do sol não tem a beleza que a lua lhe proporciona. Pobre do sol que nunca se emocionará com a beleza noturna da casa Rosada!
Visitamos Caminito que fica em Boca-junior. Linda e colorida. Uma festa!! Dançantes com seus pares bailando tango. Ali comemos o frango à provençal. O mais delicioso daqueles dias. O local? Segredinhos de viagem... 

Quando pensávamos ter conhecido todo Porto Madero resolvemos atravessar a ponte das mulheres e descobrimos a buenos Aires povão!  O ponto domingueiro da diversidade cultural que também constitui a cidade. Um vasto campo verde, muitos passantes, uma vasta calçada com quiosques vendendo super pancho, que eu não resisti!
Um artista popular mexeu comigo ao passar pela roda, todos riram, até eu que não entendi porra nenhuma!! Agradeci com um beijo no ar! Encontramos um grupo de brasileiros sambando! Um Show! Mas o mais inusitado foi ver um artista, acho que Peruano, dançando sozinho um ritmo típico e um mundo de gente olhando o quase nada! Como queríamos beber fomos andando, andando e andando por uns mangues e encontramos um bar para caminhoneiros. Eu me senti a Sula Miranda e o Naldo a Roberta Miranda. Nos afastamos tanto que parecia termos nos afastado de Buenos Aires, central, linda!! Até hoje sentimos ter chegado à Mato Grosso... 

É... 
Estava chegando ao fim...e ai fomos agradecer a Lorraine pelos 11 dias. No último dia, após arrumar as malas com as novidades compradas – O Naldo suspeitou que eu compraria até uma melancia! Tanto era meu desjo de comprar  – fizemos uma nova andança até que chegasse nossa hora de sair do hostel.  

Que pena não tínhamos máquina fotográfica, talvez os dois primeiros viajantes do mundo a cometer esta proeza!! As imagens serão lembradas cada vez que colocarmos os CD’s para escutarmos e a cada leitura desses registros no Blog. Que pena não voltamos encontrar a “morde fronha” Penélope com seu ódio aos peruanos e sua veneração á Zezé de Camargo e Luciano, de quem lhe interessava saber se o primeiro era gay. Sem maldade, é claro, respondemos que sim, era gay. Ela ficou ouriçada. 

Foi um prazer compartilhar algumas poucas aventuras minhas com o Naldo na encantadora Buenos Aires...

Aqui termino só  com a nossa vista, diz a sábia Edite, mi mamá! 

Cheiro de saudade
Gilson Reis
01.03.12

2 comentários:

  1. Gilson, meu rei... Como foi boa a viagem! Tanto a sua viagem física, como a minha viagem viagem, na sua mochila e na do Naldo. Rica em detalhes sua narração. Vou cumprir a ameaça feita no primeiro relato. Xerocarei e guardarei como guia de viagem para quando eu for a Buenos Aires. Quero muito esquentar minha comida coreana no microondas...
    Marli Pereira

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  2. Querida Marli
    Quero ir contigo para Buenos Aires.
    Se ir contigo para Pindamonhangaba foi uma delicia!! imagine!!
    Cheiro de viagem

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