domingo, 15 de abril de 2012

ACERVO

























Quando escrevo, digo.

Quando apenas digo, não escrevo.

E se escrevo aquilo que digo,

O que digo passa a acervo...

E, se acervo,

Fixo na história o que digo...

E se digo e escrevo,

Portanto, acervo,

Amontoo pensamentos,

Digo-os assertivo

Confesso-os em veemente honestidade,

Mesmo que inconclusivo ou equivocado,

Digo-os na certeza do pensamento

Escrevo-os em absoluta sinceridade.

Celebro meu pensar...

Apesar de concluir apenas como minhas tais verdades...

Quando escrevo o que digo,

As digo em fiel temeridade.


14/04/2012 – 10:46
Chiquinho Silva

Um comentário:

  1. Chico querido, você me remeteu a uma poeta polonesa, Wislawa Symborska, no poema abaixo:
    "Quando eu falo a palavra Futuro, a primeira sílaba já pertence ao passado. Quando eu falo a palavra Silêncio, o destruo. Quando eu falo a palavra Nada, crio algo que nenhum ser comporta."
    Não é lindo?
    Valeu, Chiquito!!!
    Marli Pereira

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