No mesmo encontro poético no Sitio do Salva e Silvania, em Itatiba, que o Laudecir citou na sua postagem de terça feira, aliás, deixe-me agradecer a sua referencia ao meu nome, mas também dizer o quanto a experiência contou com energias coletivas que vieram de muitas direções. Pois bem, neste encontro delicioso havia uma mala com a qual construí um mistério numa dinâmica das marcas. Ela estava lá encima do tapete e ao observa-la não resisti em torna-la mais útil que sua condição de ambientação.
“Não mexam nesta por nada! Ela não pode ser aberta!” Disse. Imediatamente vieram vozes de curiosidade e ameaças de abrir. Reforcei o pedido.
A dinâmica começou. Nela a Bela Roseli se transformou numa criança e se reportou à sua infância. Que força tem a imagem desta Negra! Na medida em que contava suas experiências, escutávamos atentamente e, no instante que nos identificávamos com algo contado, nos dirigíamos à ela para sermos marcados por uma tinta de cores diferentes. Uma experiência muito delicada! Acho que minha cara ficou bastante colorida, sinal de que nossa infância tem muita coisa m comum viu Roseli!! Não comentei muito sobre as identificações. Augusta aproveitou para contar muitas histórias parecidas, e foi tudo um presente afetivo! Lia também expressou alguns detalhes, como a história da boneca de milho! Que fofo! Ter boneca de milho na infância foi uma realidade de muitas meninas pobres que a cuidavam com aquele carinho materno, até cortando o cabelo. Vaidades humanas atemporais!
“Não mexam nesta mala por nada! Ela não pode ser aberta!” Disse novamente. Perguntaram quem estava ausente daquela roda e insinuaram algo parecido com o caso Yoki. Bizarro! Kkkkk...
O que se pensava como introdução de mais um momento poético do grupo que ali estava, tornou-se o fato principal. As marcas se tornaram objeto de reflexões que não cabiam de tanta profundidade e que nós, poetas, não poderíamos dar conta! O Psicólogo Reinildo nos ajudou um pouquinho e deixou um gostinho de novo encontro para partilharmos mais sobre esta fase tão expressiva da vida
Certa hora eu precisei me retirar para sentir o cheiro da comida que a Conceição fazia e, ao regressar, finalizamos o momento. Depois almoçamos e voltamos para as nossas casas...
E a mala?
Pois é, nem falei da mala, mas aqui vai a revelação do mistério...
A mala, que chegou vazia, naquele momento já estava recheada de belas experiências da infância de cada um de nós... e é assim que ela deve ser lembrada e cuidada.
Cheiro de beleza
Gilson Reis
05.07.12
Não tem como não amá-la,
ResponderExcluira mala de Pandora,
que em Itatiba-Bragança,
conteve a esperança,
de nosso tempo de criança.
Pois é Marli!
ResponderExcluirAMAR A MALA!
A MALA AMADA!
AMADA A MALA
Aquela ja nao é qualquer mala!
Chero de eterniadde