sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Poesia póstuma

Marcos César Simões de Oliveira

Temos a terra como um torrão, tratado ternamente,
por pessoas passíveis de paz, principalmente,
vivendo a vitória, valorizando a virtude,
pleiteando planos, planados na plenitude.

Partiram pessoas para passear,
diversão, descontração, durante o dia,
nuvens nebulosas, noite negra,
terrível tornado tragaria a todas
aquelas as quais se achavam ali.

Ritmos, rimas, risos, rosas,
veleiro, vento, vinha, vindo,
mares, medos, moinhos, mortais,
sem o sol, o Seol surgiu.

Gritos, grandes, graves do grupo,
formou-se o fim e foi fugaz,
navio naufragou, nau, navegantes, nunca
viram voltar, vultos vêem, viajantes.

Chamou-lhes o choro, chegou a chuva,
almas amanhecem, assim, amarguradas,
furtiva, foi a fatalidade, e fez,
o oceano, ontem, olhar e olvidar,
veleiros, vidas, vozes, velozes.

Lua, luz, lá no leste,
estrelas estão esperando, esses
vem, vão, vejam, vocês,
muitas manhãs, mirantes melhores,
dará dádivas, o destemido Deus.

Extraído da Antologia poética, a Palavra em Prisma, publicado em 2003. O projeto nasceu em Guarulhos, fruto de uma iniciativa da Secretaria do município e da colaboração de produtores literários, artistas e intelectuais da cidade.

3 comentários:


  1. Marli... hoje tem sarau. Estou com saudade de você, de suas brincadeira criativas com a poesia, a palavra...

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  2. Marli, ontem teve sarau, sentimos falta de voce, de suas brincadeiras criativas com poesia. a palavra...

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    1. Gente querida, dia 18 foi anivers´´ario de minha filha Ana Paula. Eu tamb´´em estou sentindo um pouco de saudade de mim, de minhas brincadeiras, de minha poesia, de minhas palavras. Deixe estar, breve chega a primavera e com ela eu saio do casulo, podes cr^^e.
      Marli Pereira

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