quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PEGANDO O GANCHO NO CENTENARIO DE LUIZ GONZAGA

LUIZ+GONZAGA.jpg (624×451)
Eu era pivete quando comecei a ouvir falar desse sujeito chamado Luiz Gonzaga, também, pudera, ele completaria 100 anos este ano e eu tenho apenas 42. Quando ouvia, pivetinho, aquele toque da sanfona de não sei quantas cordas, já era ocasião de “saculejar” o corpo magro e franzino. Não era raro o “saculejo”, afinal, nasci no nordeste, numa cidade situada na grande Recife, de nome Camaragibe. Falar em nordeste é o mesmo que escrever forró! Santo Antonio, São João e São Pedro. Mas este “cabadapeste" do Luiz não se amostrava somente nestas ocasiões, já era um artista popular. Eu é que não era lá grande coisa, ainda não entrava na minha cuca que um “caboquim” daquele, com cara de pobre do brejo, pudesse escrever letras tão sublimes! Sublime pra hoje, pois naquela época nem dava nas “oiças”. Apenas dançava.
vaqueiro001.jpg (2048×1536)
Até que o Luar do Sertão adentrou a minha alma de tal forma que ela “se alumiô” e o que era simples desfrute se transformou em admiração. Não se pode ficar indiferente ao Luar do Sertão. Não que eu ainda não tivesse escutado, é que há tempos em que os ouvidos não estão preparados para a música e a música fica no subsolo do corpo, querendo invadi-lo até o ponto de se expandir nas corrente sanguíneas.
Viajei agora!
Mas viajar é o que mais faço quando escuto Luiz Gonzaga, pois há uma “desbunde” de imagens poéticas na letra deste Gonzagão. Que intimidade! E elas me remetem aos caminhos de sol rachando a terra e construindo caminhos de pele no rosto ainda jovem dos sertanejos. Imagens das aves em vôo livre, cantarolando Asa Branca. Ispie só! Até as aves captaram a essência do Luiz!
cdd6f75ce6bb879d4ea02572213906a356.jpg (700×467)
As letras me remetem aos pés pisados em calo, frutos de noites dançantes, de sorrisos largos, “maimotas”, “inchiriçes”... me remetem ao cair da tarde, sol se despedindo, a escuridão pedindo licença e a oração da Ave Maria, seguida dos sons de sua sanfona entoando cantos de tristeza num sertão em pele e osso.  
Eu tenho muitas lembranças de instantes em que Luiz Gonzaga era a trilha sonora, faria um blog somente delas, mas eu quero finalizar esta postagem com a poesia imagética da mais bela interpretação do Luiz,  A TRISTE PARTIDA, canção, de Patativa do Assaré, que rasga a alma pra “despois num tê mais condição de custurá”.
retirantes.jpg (295×360)
Cheiro de Lui cumi seu mi!
Gilson Reis
27.09.12     

4 comentários:

  1. DiliiiiiiiiiiiiiiiiLíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiCiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!
    Marli Pereira

    ResponderExcluir
  2. Esse merece todas as homenangens de todos os canto do pais. Não há quem não saiba um refrão desse grande nordestino brasileiro...

    A todos do pegando o gancho um grande abraço de saudade de asa branca...
    Valeu Gilson. Ótimo saral...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. OI QUERIDO.
      VALEU! LUIZAO VAI INSPIRAR OS AMANTES DA POESIA NO SARAU DE SÁBADO.
      TE ESPERAMOS EM BREVE
      CHEIRO DE BREVE TE CORRESPONDO

      Excluir