No último sábado houve sarau em minha casa. Recebi amigos pra lá de especiais, mas gostaria de destacar a presença de Meu Amigo Mestre Julião (Capoeirista), que conheci durante minha passagem como Educador pela Fundação Casa. Confesso que conheci poucas pessoas na vida com tamanha grandiosidade humana. Olha que conheço muita gente boa! As atitudes do Mestre, dentro e fora da Fundação, enquanto educador, era um ensinamento a todos. Julião é daquelas pessoas que sua presença e atitude fala por si. Suas atitudes são Atos de Conversão para quem presencia. (Ainda agora emocionado com olhos cheios de lágrimas de lembrar...).
Contei também com a presença do amigo Guiga Andrade, que assina o texto que segue.
Cheguei apressado
naquela noite de mais um Sarau “pegando o gancho” na casa do amigo Laudecir.
Recebendo-nos na sala verde de esperança e muito convidativa. Uma casa cheia de
energia poética e sentimentos presentes em torno de um prosaico poeta Vinicius de Moraes. O tempo convergia
para as apresentações de veteranos e calouros imberbes na poesia, mas doutores
na vida.
No decorrer da
noite poética, houve um acontecimento seguido de farpas e espinhos e lições de
humildades entre duas rosáceas poderosas. A vermelha, com seu poderio esnobe, porém de
plástico (coitada) e a branca com sua modéstia sem fim não se dando conta de
seu Criador. Depois de um dia agitado
com chuva, sol, trânsito, pessoas, descanso quase nunca, deparo-me com uma rosa
atrevida da cor de carmim, Nossa como tu és bela!!! Mal sabe ela que sua origem
é o plástico. Da melhor qualidade? Sua
rival uma belíssima rosa branca, ainda sobrevivendo às intempéries da natureza,
chuva, sol, adubo e enfeitando belíssima cerimonia de enamorados em qualquer
data do calendário mais próximo. Sendo
ovacionadas na pessoa de meus amigos Spel Lorca e Laudecir. Como se não bastasse, as duas regadas a
vinho, quitutes e convidados faceiros e tímidos, num recinto aconchegante,
preparado pelos deuses poéticos e um anfitrião emotivo, sensível (me
surpreendeu). Gentil como sempre recebendo a todos com seu carisma nato. A
pedante rosa da cor de carmim no seu
exuberante magnetismo, é recebida
pelos poemas de Vinicius de Moraes
digeridos pelos afoitos leitores em suas participações nostálgicas. Porque hoje é sábado!
Foi então que
vibrei havendo em mim um furor poético das noites de Sarau do Brás de 10 anos
atrás ainda profundamente vivo. Só então
no brindar das taças de Baco, comemorando a vida, a capoeira, a amizade, entre
outros pedidos, aventuras no Chile, lembrei-me de momentos felizes neste grupo.
Fechei os olhos do coração e ouvi as taças tilintando e imaginei as folhas
caindo, os rios correndo, os troncos pulsando, as flores se abrindo sendo
visitadas pelas borboletas
multicores refletindo o olho da coruja presente. Um brinde ás rosáceas vermelhas e brancas de todo poeta. Um brinde à
Ariana, a mulher. Porque hoje é sábado. (Guiga Andrade)
Amigos,
ResponderExcluirEm cada tempo podemos rememorar cada momento vivido nos infinitos saraus acontecidos nesta cidade e além dela.
Boas lembranças vcs me trouxeram deste último sarau.
Lau, vc só reconhece o mestre Julião como esta maravilhosa pessoa, porque vc também o é.
Você é muito gentil!
ExcluirValeu Amigo pela oportunidade de escrever neste bucólico e prosaico Sarau. Bjs do Amigo Guiga Andrade
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ExcluirValeu Guiga!
Que delicia Guiga!!
ResponderExcluirArrasou Lau, ter convidado o Guiga para escrever foi 10! Sinto que esta nova tedencia de convidar os amigos para escrever vai ser muito interessante.
Cheiro de Rosas vermelhas e brancas
Faltou você no sarau, sentimos sua ausência!
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