domingo, 31 de julho de 2011
SEQUAZ
Não faz moradia no romance,
Não obstante, igualmente o seja.
Não mergulha no erotismo da escolha,
Ou, ao menos, não o planeja.
Entretanto, é tanto...
Que igualmente transborda em entrega, em afeto concreto.
Decodifica verdades e, de certo, compactua com as alheias.
Não veta palavras, ao contrário, as afia no convencimento,
Saboreia-as de bom grado,
Ignorando-lhe até mesmo a ignorância, sem vacilo.
Discute. Congrega. Arrasta. Entrega. Permeia.
Jogo inexplicável de convívio conivente,
Cumplicidade tolerante, mesmo que vil.
Por vezes, enxerga, mas faz-se fingidor.
Se confundi-lhe em amor, não o nega.
Agrega. Preserva. Confia.
Naturalmente, se traído chora, ignora.
Senão, releva, consente, sublima.
Contudo e como tudo, é vitima do tempo que esvai sem morrer.
É saudade sem volta. É silêncio sem resposta.
No viver é pra sempre...
Mas...
Nem sempre...
30/07/2011 – 12:05
Chiquinho Silva
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Que profundo Chiquinho!
ResponderExcluirDuvido que haja alguém para dizer que não se sentiu dentro do seu poema. Me vi toda nele. Delícia!!! Obrigada
Que lindo isso:
ResponderExcluirSe confundi-lhe em amor, não o nega.
Agrega. Preserva. Confia.
Merci!Aos poetas só podemos agradecer!