quarta-feira, 7 de setembro de 2011

UM POUCO DE HISTÓRIA

Hoje é feriado, 07 de setembro, vamos lembrar um pouco de nossa história.
Nós educadores, lidamos com jovens, adolescentes, crianças e tratamos destes assuntos em nossos trabalhos.
Só para refrescar nossa memória cansada com o tempo, será que conseguimos lembrar nosso uniforme escolar, nossa postura respeitosa diante desses acontecimentos?

Pense ai, ria um pouco, sinta saudade, hoje é o dia da comemoração da INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.

"Brava gente, brasileira, longe vá... temor SERVIL!"

Não se esqueça de respirar fundo.

Hino da Independência


Já podeis, da Pátria filhos,

Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.


Hino da Independência do Brasil que homenageia nossa separação de Portugal tem uma história interessante, que vale a pena ser conhecida.

Foi composto pelo fluminense Evaristo Ferreira da Veiga e Barros (1799-1837), livreiro, jornalista, político e poeta, em 1897,  tornou-se o patrono da Academia Brasileira de Letras na cadeira de número 10.

Página 3"O poema agradou o público da Corte, do Rio de Janeiro, e foi musicado pelo então famoso maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1760-1830), que havia sido professor de música do jovem príncipe dom Pedro - imperador Pedro 1º - amante das artes musicais. Dom Pedro afeiçoou-se pelos versos de Evaristo da Veiga e resolveu compor ele mesmo uma música para o poema, criando assim aquele que se tornaria o Hino da Independência. Não se sabe ao certo a data em que foi composta, mas a melodia de dom Pedro passou a substituir a de Marcos Portugal, oficialmente, em 1824.

A participação do imperador foi tão valorizada que, durante quase uma década, não só a autoria da música, mas também a da letra lhe foi atribuída. Evaristo da Veiga precisou reivindicar os seus direitos, comprovando ser o autor dos versos em 1833. Seus originais se encontram hoje na seção de manuscritos da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

Com a abdicação de dom Pedro 1º, a Regência, o Segundo Reinado e - principalmente - a proclamação da República, o Hino da Independência foi sendo gradativamente deixado de lado. Somente em 1922, quando do centenário da Independência, ele voltou a ser executado. No entanto, na ocasião, a música de dom Pedro foi posta de lado, sendo substituída pela melodia do maestro Portugal.Foi durante a Era Vargas (1930-1945), que Gustavo Capanema, então ministro da Educação e da Saúde, nomeou uma comissão para estabelecer definitivamente os hinos brasileiros de acordo com seus originais. Essa comissão, integrada entre outros pelo maestro Heitor Villa-Lobos, houve por bem restabelecer como melodia oficial aquela composta por dom Pedro 1º.

6 comentários:

  1. Luiza,
    Você me fez voltar à adolescência, tempo de escola... Nesta data tudo parava, a escola organizava desfile, marchávamos... Todos vestidos de uniforme, banda na frente e coisa e tal. E a gente ainda gostava rssrsrssrrsr
    Mais tarde passei a não mais celebrar essa data, comecei a participar do Grito dos Excluídos que acontece no Ipiranga... Vou lá daqui a pouco dar meus gritos, afinal....

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  2. Isso ai Laudecir, por isso que num certo momento sugeri que respirasse fundo... Haja fôlego pra tanto!

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  3. Pois é Luiza!
    Lembrei que defilava, civicamente, como personagem CAIPORA do Bumba meu Boi. Gostava das balizas que saiam na frente da banda fazendo piruetas!! As Escolas competiam para vencer como a mais bonita a desfilar. Eu gostava. Sempre gostei de competições. A data se perdeu para quase todo brasileiro, aliás, feriado tornou-se dia de descanso e nao de reflexão sobre a história... você é uma resistente. kkk
    Cheiro de uma brava gente brasileira!!!

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  4. Me lembrou a tal ditadura militar... uma confusão de patriotismo e submissão explícita, sei lá! Um medo que a gente não sabia direito de onde vinha...
    Hoje sei: "temor SERVIL!", exílio, tortura, mortes, um silêncio involuntário...
    Dependência e morte!
    Lembranças não tão poeticas na aspereza da realidade austera dos anos 70...
    Penso: o que mudou? O inimigo? Ou seriam os mesmos com uma nova roupagem...

    Chikito

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  5. 1970... Estava nascendo.
    Penso que vivi os anos ditatoriais neste silêncio citado pelo Chico... ingenuidade... educação formal...a luta pela sobrevivência... os conflitos familiares... circustancias a serviço dos militares.
    Mudou muito Chico!
    O silêncio agora pode ser voluntário! Mas se não o quizermos...

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  6. Realmente o sentimento destes momentos cívicos da história vai depender do contexto vivido Chiquinho e Gilson. Para mim também reflete o tempo do temor SERVIL. Mas em meio a tudo consegui lembrar do meu uniforme de saia pregueada com blusa branca e sapatos com meia branca. Acho que já nasci revolucionária. Hoje tô de boa, infelizmente!

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