segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

ADVENTO: Dia da Alegria no Senhor



Estamos chegando cada vez mais próximos da chegada do Cristo. Ele nascerá para salvar o seu povo. Com a chegada do natal, os corações se alegrarão por isso esse domingo é chamado de Alegria do Senhor. Neste último domingo, a liturgia nos leva à mística do nascimento, para tanto o texto escolhido para nossa reflexão será o de João 1,6-8.19-28. A sugestão é que se faça essa leitura que será contextualizada em paralelo ao texto do profeta Isaias do capítulo 61 onde ele diz que “o Espirito do Senhor está sobre mim” de um texto escrito num período de pós-exílio quando o profeta exercia seu ministério em Jerusalém, após o povo ter regressado da Babilônia, num momento de dificuldade e incerteza para o povo. O evangelho segundo João, trata-se provavelmente, de um primitivo hino cristão conhecido da comunidade joânica. Aqui é anunciada a fé expressa em Cristo e João Batista é o encarregado de anunciar “oficialmente” a vinda de Cristo e para tanto, ele dá o seu testemunho sobre Jesus diante dos enviados da comunidade judaica. A parte central dessa perícope é o primeiro testemunho que João dá sobre o Cristo.














Diante de um cenário politico, religioso repleto de rituais legalistas e pela dominação romana, com impostos absurdos que assolava a população de Jerusalém é que o povo necessitava de esperança para continuar a batalha em seu processo histórico. O povo israelita se punha a aproveitar qualquer promessa de liberdade, essa situação os tornava pressa fácil das ideologias religiosas que apresentavam qualquer promessa de libertação. (não parece um pouco com os nossos dias?).
Diante de tal situação, Deus, o personagem principal, apresenta João Batista como profeta, para abrir os caminhos a seu Filho. Deus confia-lhe uma missão e através dele intervém no mundo. João não é a luz, nem foi enviado para eliminar os problemas do mundo. A pergunta que fazem a João nessa perícope: “quem és tu?”, João rejeita a hipótese de ser o profeta e tampouco o messias, que significava nessa época o “segundo Moisés”, mas João abdica de qualquer título que coloca sua pessoa em destaque, mas João é a voz que grita no deserto. João é aquele que vem para batizar na água e anuncia que virá outro que batizará no Espírito, esse “alguém” que tornará livre e instalará a justiça entre os homens. João é o responsável em dar testemunho da luz.
Assim como João, temos tomado consciência em dar testemunho da luz?

Reinildo de Souza.

Um comentário:

  1. E a luz não foi feita pra ficar escondida veremos em outro texto. Se somos luz temos que ficar expostos para que todos vejam. Meu próprio nome já me encaminha para esse propósito de ser luz, que Deus me conceda esta graça! Valeu a reflexão Reinildo.

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