sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Inocência no envelhecer

Prezados amigos,
hoje na minha postagem permitir-me-ei pegar os ganchos de dois temas que me encantaram ultimamente. O envelhecer prazeroso de meu amigo Gilson e a inocente e etérea, quiçá eterna Inocência. Transcrevo o texto Envelhecer, de Marcos Elias Thomaz, que sabiamente descreve:

Envelheço quando me fecho para as novas idéias e me torno radical.
Envelheço quando o novo me assusta e minha mente insiste em não aceitar.
Envelheço quando me torno impaciente,
intransigente
e não consigo dialogar.
Envelheço quando meu pensamento abandona sua casa e retorna sem nada a acrescentar.
Envelheço quando muito me preocupo
e depois me culpo
por não ter tido tantos motivos para me preocupar.
Envelheço quando penso demasiadamente em mim mesmo
e consequentemente
dos outros completamente me esqueço.
Envelheço quando penso em ousar e já antevejo o preço que terei que pagar pelo ato,
mesmo que os fatos insistam em me contrariar.
Envelheço quando tenho a chance de amar e daí o coração se põe a indagar:
"será que vale a pena correr o risco de me dar? Será que vai compensar?"
Envelheço quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta de minha alma
e me ponho a lamentar.
Envelheço enfim,
quando paro de lutar.

E depois de ler tudo isso, caros enganchados, me respondam:
Quantos velhos de vinte e poucos anos vocês conhecem?

6 comentários:

  1. TRISTE VELHICE DESTE AUTOR.
    VISAO PRECONCEITUOSA!
    APAGARIA ESTE POEMA NUM MOMENTO DA HISTÓRIA EM QUE É POSSIVEL ENVELHECER VIVENDO O OPOSTO DO QUE ELE ESCREVE.

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  2. Marli,
    Parece qu velhice descrita por Marcos Elias não tem idade. É, acho tem uma velhice que é bilógica. Essa chega pra todos, alguns a sentem muito cedo. Há um outra velhice que é psicológica, comportamental, atitudinal, etc. Essa acho que tem até muitos adolescentes que estão nessa condição.

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  3. Gilson querido, acho que você não entendeu...
    Marli Pereira

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  4. Serio?
    E eu achava que apenas havia interpretado diferente...
    Ele fala de males que aparecem em qualquer fase da vida... nao só na velhice.

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  5. Gilson amado,
    valeu a interpretação diferente. Eu apenas vi o copo meio cheio.
    Quando você dá outra interpretação quer apagar tudo? Mulé, que revolta é essa???
    Cheiro de revira volta
    Marli

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  6. Pois é Mulé.

    Já sentiu essa sensação aguma vez?
    A de querer apagar o que você nao admite como benéfico pra o rumo da vida? Para o respeito nas relações de raça, gênero, intergeracionais etc etc etc?

    Foi assim que me senti diante deste poema.

    cheiro de preconceito apagado

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