Sou este e aquele.
Fui isto e aquilo.
Estou isto e aquilo.
Presente e passados...
Aos poucos me dou conta de tantos idos.
São têmporas que desvelam os contrastes de meu tempo,
As memórias teimam em revelar instantes distantes,
Impondo novos ritmos aos pés, aos braços, as curvas...
E, inevitavelmente, aos pensamentos...
Que já se impõem em delineamentos não tão frívolos.
Minha puerícia, acomodada vagamente em retratos ainda incolores,
Firmemente resiste num olhar, num sorriso, num detalhe,
Mesmo digeridas tantas décadas, lágrimas e sorrisos,
Equívocos e conquistas...
Sigo este e aquele.
Sonho isto e aquilo.
Aprumo isto e aquilo.
Idos do presente...
Idas ao futuro...
Voltas ao passado...
Assim, inevitavelmente.
03/12/2011 – 17:50
Chiquinho Silva
Nota - Imagem: O hiper-realismo do artista Ron Mueck, que tem lidado com temas como nascimento, infância, juventude, adolescência, maturidade sexual, a meia-idade, velhice e morte. Suas esculturas hiper-realistas são feitas em fibra de vidro, silicone, rezina acrílica e poliéster, em variadas dimensões.
Há alguma exposição das obras em São Paulo?
ResponderExcluirImpressionante!
Pois é Chico, o que fomos e o que somos, tudo isso nos constitui.
Cheiro de construção
Fodásticooooooo! :)
ResponderExcluirParabéns, Chico, descreveu maravilhosamente o que é ser tropicalista num país que insiste em ser esnobeuropeu. As imagens me lembram o que é ser diferente. Lilliput...
ResponderExcluirMarli Pereira