quinta-feira, 15 de março de 2012

DEDICADO À MARIA AUGUSTA

Ontem, no dia da POESIA, enviei um POEMA que me remete a um sarau realizado em minha casa. Naquela noite poética havia uma amiga doente, portanto, impossibilitada de estar celebrando a beleza conosco. Era a saudosa Maria Augusta. Onde está Maria Augusta!? Num exato momento, inspirados pela alegria dos poetas, poetisas e amantes da poesia, mas tambem pela tristeza que na poesia pode ser bela, decidimos telefonar para ela, a Augusta. E assim o fizemos.

Eternidade só se conforma quando gestada a partir do belo.
Eternidade só se conforma quando gestada a partir do belo.
Que lindo isso heim!

E aquele instante se eternizou, pois, ao atender o telefone, recebera em casa a energia dos amigos e amigas que prepararam uma taça, a mais fina e do mais nobre vinho, em sua homenagem... a taça derramava versos nas palavras de Paulo Cesar Pinheiro e João de Aquino. Pois é... cantamos o poema canção que hoje publico, levando Maria Augusta a um notório momento de vida saudável.

Eis a beleza à sua disposição...
Recite!
Cante!...
Afinal, o que fazer diante da eternidade?

VIAGEM

Oh! tristeza me desculpe
Estou de malas prontas
Hoje a poesia
Veio ao meu encontro
Já raiou o dia
Vamos viajar.

Vamos indo de carona
Na garupa leve
Do vento macio
Que vem caminhando
Desde muito longe
Lá do fim do mar.

Vamos visitar a estrela
Da manhã raiada
Que pensei perdida,
Pela madrugada
Mas que vai escondida
Querendo brincar.

Senta nessa nuvem clara,
Minha poesia,
Anda se prepara,
Traz uma cantiga
Vamos espalhando
Música no ar.

Olha quantas aves brancas,
Minha poesia
Dançam nossa valsa,
Pelo céu que o dia
Faz todo bordado
De raio de sol.

Oh! Poesia me ajude,
Vou colher avencas
Lírios, rosas, dálias
Pelos campos verdes
Que você batiza
De jardins do céu.

Mas pode ficar tranqüila,
Minha poesia,
Pois nós voltaremos
Numa estrela guia
Num clarão de lua
Quando serenar.

Ou talvez até quem sabe,
Nós só voltaremos
No cavalo baio
No alazão da noite
Cujo o nome é raio,
Raio de luar.

Paulo César Pinheiro e João de Aquino

Cheiro de lágrimas
Gilson Reis
15.03.12

 

2 comentários:

  1. Gilson, meu rei... viajei na poesia, na música e na vida real, voltando em um pássaro alado, depois de ter ouvido a música de uma catarata, que é uma das sete maravilhas da natureza.
    Saudade de Augusta, com seu semblante tranquilo e sua garganta sempre disposta a nos presentear com belas canções.
    Poeta Gilson, sensibilidade e poder de agregação.
    Cheiro de até já
    Marli Pereira

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Minina aquática!
      Louco pra ti e saber as novas!
      Vamos atras desta mulher Augusta!
      Cheiro de até já

      Excluir