sexta-feira, 23 de março de 2012

Machoantropofágico

Com este poema que dedico ao escritor Fernando Bonassi, encerro a trilogia antropofágica em homenagem ao mês da Mulher.

Acreditem nas mulheres que nada valem,
sem falsos moralismos, quem não presta
se presta para muitas coisas.
Sem pudor,
torna-se mais fácil
o difícil amor.
Além do mais, o sexo pago sai mais barato que o gratuito.

Rameiras são do ramo,
amadoras amam a arte de amar,
matadoras matam as dores,
vagabundas vagam.
Atrevidas se atrevem a vadiar
enquanto vadias biscateiam.

Não se deixem jamais
serem usadas
pelos homens mentirosos.
Abatam, prendam, capturem.

Amem de peito aberto,
virem-se do avesso,
fiquem de quatro,
de qualquer jeito,
lindas, insaciáveis, perturbadoras, lascivas.

De longe, pareçam homens,
porque
de perto, ninguém é perfeito.

marlipereir@ig.com.br

2 comentários:

  1. Querida
    No sábado fui ao Show do Costa Senna com Mauro, Conceição e Luiza. Lembramos de ti quando ele recitou um poema sobre as diferentes cidades desta grande São Paulo. Habilidades tao parecidas e sublimes!

    Este seu poema reflete a mulher que é.
    Cheiro de sarau no proximo sábado

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  2. E viva às mulheres, sempre. Outro dia uma homem veio reclamar que sua mulher o abandonou e levou o filho. Então eu disse a ele: você deve ter sido muito ruim pra ela, não? kkkkk

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