Àquele que vai,
Àquele que fica
Há quem pense
Há quem mergulhe
Quem aguente
Quem se importe
As idas que vão
E nunca voltarão
As voltas que ficam
E sempre permanecerão
As marcas de um nome de ventre
Ou partes de outras tatuagens do tempo
Talhadas em cada centímetro do corpo,
Em cada memória conclusa ou não
Àquele que turva o pretérito
Àquele que clareia o que há de vir
Há quem se revele
Há quem resvale no sonho
Quem não o suporte
Quem nunca tolera respostas
Àquelas perguntas eternas
Àqueles intermináveis desafios cotidianos
Resgate das horas
Tempero da vida
Em cada recusa,
Alguns recomeçam,
Outros regressam, rechaçam
Vazios de si
Cheios dos outros
De lástimas mortíferas
Àqueles que migram na solidão de seus próprios desígnios
Àqueles que adormecem na rotina costumeira do passado
Como se este fosse ainda presente
Há quem tente
Há quem reinvente
E quem, ainda assim, viva por um triz...
Presente que vai...
Passado que resiste...
31/03/2012 – 01:07
Chiquinho Silva:
“Meus caros leitores, embora não estivesse, sempre estive...”
Estava com saudades destas reflexões. Muito bom.
ResponderExcluirOI CHICO
ResponderExcluirDEPOIS DE LER MAIS UMA OBRA TUA, SINTO QUE ESTAR DUPLAMENTE (AUSENTE E ESCREVENDO) É AINDA MAIS DELICISO!
CHEIRO DE DESCOBERTAS NAS IDAS E VINDAS
Valeu, Chico.
ResponderExcluir"...As idas que vão
e nunca voltarão..."