segunda-feira, 25 de julho de 2011

O que vi no último sábado e que recomendo!

Amigos do Coletivo e leitores desse blog, demorei um pouco mais do que o normal para fazer essa postagem. É que pretendia não fazer a repetição da postagem publicada originalmente no meu blog. Contei, ontem, lá no meu blog, o que fiz no dia anterior.
Eu vejo a atividade blogueira como esse lugar especial em que contamos o que vivemos e que, claro, vale a pena compartilhar. Aliás, penso que a vida on-line deve ser um simulacro da vida real, mas no qual somente o que vale a pena ser visto e revisto é contado, partilhado.
Nada de novo aconteceu comigo desde sábado e que valesse a pena compartilhar.
Assim sendo, conto o que já contei alhures.
Como dizia, no sábado, fui ver a Saideira Hitchcock, no Cinesesc, o magnífico Janela Indiscreta. O fiz porque estava com saudades de Grace Kelly!
No entanto, cheguei muito cedo na região da Paulista. Como precisava matar o tempo, pensei: o que eu poderia fazer? Vou tomar um café no Viena, no Conjunto Nacional. Ao lado do café, vejo a Caixa Cultural e dentro da galeria todo um colorido nas paredes.
Trata-se dos trabalhos de um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, um mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo: Glauco Rodrigues.
A exposição O Universo gráfico de Glauco Rodrigues privilegia a linguagem gráfica, as mais de 100 obras ali expostas dizem respeito, na sua maioria, às soluções do artista para o processo serigráfico e litográfico, em que ele desenvolveu a mesma virtuose que encontramos na sua pintura.
São lindas, por exemplo, as imagens de São Sebastião (padroeiro da cidade de origem do artista, Bagé, no Rio Grande do Sul, e também da cidade em que ele viveu mais tempo, Rio de Janeiro).
Aliás, a brasilidade da sua obra é muito oriunda dessa experiência na cidade carioca. Há um vigor e uma alegria muito cariocas e que ali é representada: nas ilustrações do carnaval, do futebol, das garotas...
Pude concluir que a sofisticação na obra de Glauco se reveste da técnica e do bom gosto do artista, já a beleza vem da simplicidade dos tipos humanos representados, essa gente brasileira e feliz.
A exposição também inclui, obras de Glauco como designer, vale a pena conferir as suas capas para a revista Senhor e também as suas capas de disco: no tempo em que as dos LPs eram verdadeiros quadros!

Você não vai ficar em casa, sem fazer nada, em pleno domingo, quando poderia ir ver esse acervo magnífico, não é mesmo?








 

2 comentários:

  1. Bela dica!
    Acho que já tinha visto e não sabia muito sobre o artista. Glauco, por si só, já é um nome que lembra arte, né?!
    Engraçado, acho que o trabalho dele tem "um ar de bossa nova"...
    Valeu!
    Chikito

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  2. Chikito querido,

    Eu também acho! Totalmente bossa nova. Ao vivo, nos originais na parede, esse trabalho é belíssimo por que ele tem textura, é muito vivo!

    ;-)

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