Difícil...
Às vezes incontrolável...
Diferente da poesia, da rima, da crônica e do texto.
Tinge-se ardil, teimosa, confusa, inesperada.
Faz-se, desse jeito, numa sintaxe conflitante entre verdades, meias verdades,
Mentiras, meias mentiras...
Conveniências humanas. Naturalmente.
Percalços de nossas ilusões doces e sombrias.
Amistosa, até que provocada.
Cuidadosa, até que instigada.
Permissiva, até que contida num psiu...
Espasmos de rápidos pensamentos,
Delírios hermeticamente escondidos,
Que nos escapam à censura.
Justamente àqueles que, por temor, ocultamos
Num olhar, num gesto, num desacato.
Um desalinho, um descuido e...
Escapa-nos num átimo.
Diferente...
Quando discursiva, provocadora, anacrônica.
Elegante...
Quando conquistadora, eloquente, acadêmica.
Estética...
Quando audaciosa na linguagem.
Mas isso nem sempre...
È preciso, sim, traduzir-lhe o óbvio, por vezes.
Está ali, entre um dito e outro.
Capaz de revelar ideias, inconsistências, preconceitos, fantasias...
Um turbilhão num tempo sem tempo definido.
Reflete e ignora.
Reduz a nada ou saboreia e legitima pensamentos ou apenas bobagens.
Tão vã quanto à agilidade de sua fonética.
Tão viva quanto a língua que balbucia...
Chiquinho Silva
29/06/11 – 22:37
Chiquinho que lindo isso!
ResponderExcluirUma reflexão absolutamente poética about a linguagem.
E isso tudo é mesmo palavrório, né?
Muito bom!
É preciso, sim, traduzir-lhe o óbvio, por vezes.
pois está ali, entre um dito e outro.
Você conseguiu isso e aqui mesmo.
Merci.
Parabéns Chiquinho, pela inspiração e pela cultura. A pá lavra. O palaróbvio tem realmente que ser traduzido. Saudade.
ResponderExcluirMarli Pereira
Querido Chico.
ResponderExcluirValeu pela poesia de sentimento inteligente e de inteligencia sensível.
Que "massa" como diz os pernambucanos, ter você como autor neste Blog.
Cheiro de distancia pertinha