Acalantado estou pelos meus olhos serrados.
Aqui, daqui e dali, inteiro.
Afim de versos retintos, fatais.
Além de mim, eu prisioneiro.
Alma leve e instintos mortais.
Branca espuma beira esta ilusão e a refaz.
Boemia sóbria alenta a tediosa e solitária tarde.
Berço audaz das intempéries de manhã cinzenta.
Braços abertos, Cristos algemados.
Becos curvos e ventos entrincheirados.
Caso morra, sem demora, me admito mortal.
Claro que burlo a escuridão de tal destino.
Contando estrelas despedaçadas em céu divino.
Cosmos em atração fatal.
Crédulo do direito ao desatino.Confio-me ao impulso espontâneo, ao animal.
Direi que disse apenas por dizer.
Darei aquilo que, como dádiva, me foi concebido.
Declinarei de meus tabus.
Dançarei ao ritmo que a mim mesmo impus.
Dentro de minhas vísceras me perderei aos poucos.
D’outro modo não o sou. Sou eco e oco.
25/08/2011 – 01:06
Chiquinho Silva
GRANDE CHICO!
ResponderExcluirIntrigante tudo isso.
A
ResponderExcluirBsolutamente
Chico
Dez
O que dizer de Alquimia...Show!!!
ResponderExcluirMe vejo...Fabiane no..."Dançarei ao ritmo que a mim mesmo impus.Dentro de minhas vísceras me perderei aos poucos.D’outro modo não o sou. Sou eco e oco."
Chikito, muito mais ECO que OCO...
ResponderExcluirMaravilhoso!!!!
Marli Pereira
Se és oco, é pra que caibamos em ti, alma acolhedora!obrigado por seus ecos!
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