domingo, 11 de setembro de 2011
NONSENSE
Eu, debruçado sob minha nuca...
Ah! Essa agonia de dizer
Palavras pretenciosas e tão desgastadas
Medida imaginária de sensações inquietantes.
Passo sob o compasso de meu estado presente.
Eu, mera ilusão e ausente realidade.
Ah! Essa agonia de dizer
Sorver a incredulidade de meu peito
Verter meu sangue em entusiasmado verbo
Insólito momento
Vaga completude
Eu, contínuo nesse instante.
Ah! O instante!
Dileta escolha,
Parcimônia inconcebível.
Duelo crível entre ponderações e fatos improváveis.
Meus medos... Meus hiatos...
Eu, aspereza de minha história.
Ah! A vida em descoberta
Incerta em sua plenitude e em suas memórias
Inevitável e desmedida congruência
De sortes e de absurdos
Ah! A vida!
Nonsense...
Ah! Eu e a vida!
Nonsense...
10/09/2011 – 02:15
Chiquinho Silva
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Chiquinho,
ResponderExcluirSeus escritos deviam estar nas prateleiras, nas bibliotecas, nas cabeceiras...
Seus escritos não são nada nonsenses...
Bjs
Sinto o instante uma coisa louca... esse agoradaquiapoucodepoisqueéjáesaiupraserseguida...
ResponderExcluirCheiro de instantes intensos
Querido,
ResponderExcluirleio essa sua postagem só agora que acabei de falar de Edgar Allan Poe: esse seu escrito tem toda a atmosfera dos escritos de Poe. Coisa de poeta intenso, de verdade. Um tanto Romântico, embora já distante do romantismo. A gravura, então, tem até os corvos! Ou não são corvos? rsrsrs