domingo, 15 de janeiro de 2012

VÉRTICE


















Ouça!

O que te toca,

Em solo e harmonia,

São acordes imaginários.

Toque em teus tímpanos,

Trombetas de anjos

Trombones de demônios.

Abrir-se-ão em teu horizonte

Escadas que conduzem

Céus e crepúsculos

Voltagens solares

Viagens sem volta

Labirintos indecifráveis

Em frágeis contornos.

Acorde tuas pálpebras

Adormeça tuas vísceras

Mas não te intimides,

Não te entristeças

E, antes que amanheça,

Despreze o espaço

Onde o tempo se perdeu;

Deleita-te em teu próprio vértice,

Consola-te na curva de teu ombro.

E, na temperança de tal graça.

Assim, na débil ilusão de teus sonhares,

Haverá outros a te seguirem,

Novas paisagens se alinharão,

Céus e crepúsculos se abrirão

E, por fim, existirão em ti e por ti,

Terra e firmamento...

Calvário e paraíso...



14/01/2012 – 02:15
Chiquinho Silva

2 comentários:

  1. Olha amigo, você abusa da subjetividade, todos somos anjos e demônios até que as sombras se vão...

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  2. Muito bom amigo!

    "Toque em teus tímpanos,

    Trombetas de anjos

    Trombones de demônios."

    essa me lembrou Laranja Mecânica

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