domingo, 12 de fevereiro de 2012

PLEXO



















Minha seiva ainda é vermelha.

Aquilo que me espelha reflete o que de mim prevalece.

Não sou o que lhe parece.

Finjo-me inteiro, embora em partes.

Por fim, meus contrastes revelam-me, ainda que de esgueiro,

Prostrado e aventureiro.

Sigo o instinto, o instante.

Endireito o plexo e fundo em mim tal guia.

Minha valia repousa trêmula sob minhas mãos,

Que remodelam abrupta e profundamente a cabeça,

Espaço anexo, sem valor, sem nexo.

Sem razão alguma, sem vereda.

Não! Não sou exato.

E de fato e, no entanto,

Sou um tanto...

Complexo!


11/02/2012 – 00:25
Chiquinho Silva

3 comentários:

  1. Seus escritos sempre me levam a reflexão. A de domingo passado então! Continuo dizendo outros estão perdendo se não lerem. Profundo sempre.

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  2. "eu não sei o que vi aqui
    eu não sei pra onde ir,
    eu não sei porque moro ali
    eu não sei porque estou..."(Vanessa da Matta)
    seu texto me fez lembrar dessa música.De fato: "...Não sou exato".

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  3. Chico, você sabe se expressar, sem pressa. Dá para degustar cada palavra, cada entonação, cada sentido complexo, mas não complexado, com nexo, talvez não exato, mas que deixa-nos de quatro... no ato.
    Marli Pereira

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