Minha seiva ainda é vermelha.
Aquilo que me espelha reflete o que de mim prevalece.
Não sou o que lhe parece.
Finjo-me inteiro, embora em partes.
Por fim, meus contrastes revelam-me, ainda que de esgueiro,
Prostrado e aventureiro.
Sigo o instinto, o instante.
Endireito o plexo e fundo em mim tal guia.
Minha valia repousa trêmula sob minhas mãos,
Que remodelam abrupta e profundamente a cabeça,
Espaço anexo, sem valor, sem nexo.
Sem razão alguma, sem vereda.
Não! Não sou exato.
E de fato e, no entanto,
Sou um tanto...
Complexo!
11/02/2012 – 00:25
Chiquinho Silva
Seus escritos sempre me levam a reflexão. A de domingo passado então! Continuo dizendo outros estão perdendo se não lerem. Profundo sempre.
ResponderExcluir"eu não sei o que vi aqui
ResponderExcluireu não sei pra onde ir,
eu não sei porque moro ali
eu não sei porque estou..."(Vanessa da Matta)
seu texto me fez lembrar dessa música.De fato: "...Não sou exato".
Chico, você sabe se expressar, sem pressa. Dá para degustar cada palavra, cada entonação, cada sentido complexo, mas não complexado, com nexo, talvez não exato, mas que deixa-nos de quatro... no ato.
ResponderExcluirMarli Pereira